O empresário Paulo Weizemann, diretor da Júlia Calçados, revela que no momento os negócios da empresa estão voltados quase exclusivamente para as exportações. A exceção são alguns contratos com grifes nacionais. Segundo ele, o consumo no mercado interno diminuiu 80%. “O calçado é um dos setores mais atingidos pela pandemia, onde ocorreram mais cortes e demissões. Ainda temos fábricas fechando. Com menor orçamento familiar, e as rotinas sociais nacional e mundial alteradas, as compras diminuíram”, explica.
Apesar da alta do dólar e do reaquecimento da economia americana, o custo da matéria-prima também aumentou em até 60% – papelão, couro, sola e demais insumos – em virtude da escassez, o que diminuiu a margem de lucro. “Foi uma maneira de mantermos as atividades” frisa.
A venda é realizada de forma direta para as marcas e companhias de exportações.
A Júlia Calçados foi uma das empresas que realizou cortes de pessoal na primeira fase da pandemia. Atualmente opera com 170, dos antigos 230 postos de trabalho. “Mantemos a empresa enxuta. Isso possibilita tomadas de decisões rápidas, evitando transtornos e imprevistos maiores. Não trabalhamos com matéria prima financiada. Só investimos o que faturamos”.
Weizenmann destaca as medidas adotadas para minimizar contaminações dentro da empresa, como dispensar grávidas e o grupo de risco, monitorar temperatura corporal dos funcionários, obedecer a um distanciamento nas linhas de produção e usar álcool gel. Também foram confeccionadas máscaras de camada dupla. “Não tivemos nenhum surto de covid-19. Apenas oito casos confirmados e 20 suspeitos. Em todas as situações, os funcionários foram afastados por duas semanas. A empresa parar é um risco que não se pode correr.
A tendência é de que as exportações continuem interessantes enquanto o dólar permanecer valorizado. A Júlia Calçados é especializada na fabricação de botas femininas e sapatos masculinos e femininos – tudo em couro. Atualmente os calçados atendem aos EUA, a Polônia e Chile. Parte da diversidade dos modelos fabricados pela indústria está disponível para compra na loja de fábrica, que fica situada na sede da empresa na ERS-130, nº 79, em frente ao Supermercado Dália.
Liderança positiva contribui para o desenvolvimento da empresa
Nas empresas, a produtividade é essencial para vencer os desafios impostos muitas vezes pela insegurança e conjuntura econômica. Para ter uma empresa competitiva, os resultados dependem muito do engajamento e comprometimento do quadro de pessoal que atua em diferentes funções e que operam as tecnologias e recursos disponíveis.
Mas para que a engrenagem funcione, para que se alcance metas e objetivos, de forma humanizada e permanente, é essencial a figura de um líder. Um líder que atue de forma simples, acessível que interage com facilidade para que haja um clima de confiança.
Habilidades para uma liderança positiva
• INSPIRAR AS PESSOAS – O bom líder deve ter atitudes positivas e influenciar pelo exemplo, com postura ética, motivadora e altos valores morais, além de ser apaixonado pelo que faz para estimular os liderados.
• ENFRENTAR DESSAFIOS E ASSUMIR RISCOS – Os desafios e as barreiras motivam os líderes na busca de soluções inovadoras, não abrindo mão de assumir riscos controlados. O segredo é transmitir segurança ao time, mostrando que nunca estão sozinhos.
• TER VISÃO E OBJETIVOS CLAROS– Cada um deve ter clareza da função e das obrigações e metas.
• EQUIPE MULTIDISCIPLINAR –Hoje as empesas tem no seu quadro diferentes pessoas que atendem diversidade de clientes. Requer do líder este entendimento, para que administre conflitos e faça com que cada um dê o melhor de si.
• MUDANÇAS E ADAPTAÇÃO – Estamos vivendo um período de grandes mudanças. É preciso que o líder fique atento para promover adaptações com agilidade, para que a empesa não fique para trás. O consumidor está mais exigente.
• TALENTOS INDIVIDUAIS – Olhar para o talento individual de cada colaborador e ajudar a transformá-lo em um ponto forte, e por consequência nos resultados, em vez de focar no mau desempenho e perder tempo e esforços com o que a pessoa não gosta e não sabe fazer.