Quatrocentas mudas de frutíferas serão distribuídas a 20 famílias de Arroio do Meio na próxima terça-feira, dia 27. A ação é uma parceria entre Emater/RS-Ascar, Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) e Sicredi, e visa fomentar a formação de pomares biodiversos. A entrega das mudas ocorre no Galpão de Elias de Marco, na rua Marechal Floriano Peixoto (Estrada Velha) na Barra do Forqueta, às 14h. O local é amplo e foi escolhido para contemplar as medidas de prevenção à covid-19, como distanciamento, uso de máscara e de álcool gel.
A ideia da parceria surgiu ainda no ano passado, segundo o engenheiro agrônomo da Emater, André Michel Müller. Dois produtores agroecologistas do município, que integram a Comissão de Ética da Rede Ecovida, estiveram em Santa Clara do Sul, onde conheceram projeto semelhante, sugerindo que também fosse buscada uma parceria com o Sicredi em Arroio do Meio. O projeto foi elaborado pela Emater local e aprovado pelo Sicredi, que disponibilizou recursos para a compra das mudas.
As famílias contempladas, cada uma com 20 mudas, integram o grupo das 50 que participam do programa socioassistencial da Emater no município. Desenvolvido há mais de cinco anos, o programa tem como principal linha de trabalho a segurança e a soberania alimentar, focado no consumo próprio e venda do excedente ao comércio local. Para o recebimento das mudas, foi avaliado o interesse das famílias, bem como a área disponível para o plantio.
No conjunto de mudas, estão espécies nativas e exóticas, pouco cultivadas em Arroio do Meio. De acordo com André as frutas nativas estão sendo muito procuradas por agroindústrias para a fabricação de sorvetes, geleias e compotas, com uma forte tendência à profissionalização neste ramo. Já as exóticas, abrem um novo leque de possibilidades para as famílias, que além de poderem consumir uma fruta diferente, poderão fornecê-la ao mercado local, dependendo da produtividade.
Para o engenheiro agrônomo, a iniciativa é muito válida. “O quantitativo de mudas será suficiente para pequenos pomares biodiversos em 20 famílias, em diferentes propriedades. Este tipo de pomar permite que as famílias tenham frutas na maior parte do ano, além de toda questão ambiental e ecológica, com a consorciação de espécies, favorecendo a fauna. Soma-se a isto o fato de que estas famílias terão a oportunidade de provar novos alimentos e até nichos de mercado com a venda do excedente”.