“Agregar valor aos produtos oriundos de propriedades rurais de seus associados, estimulando o empreendedorismo, a inovação, a melhoria contínua e o respeito à tradição da Cooperativa, oferecendo alimentos e serviços de qualidade à sociedade” faz parte da filosofia da Languiru. Com essa missão, a Cooperativa chega aos seus 66 anos de história, celebrados no dia 13 de novembro, anunciando oficialmente o seu ingresso no mercado da bovinocultura de corte.
A atividade já integrou os negócios da Languiru, em meados dos anos 80, com abatedouro instalado em Canoas. O resgate desse segmento abre mais uma possibilidade de produção aos associados da Cooperativa, além de atender, inicialmente, a demanda da rede de Supermercados Languiru e, num segundo passo, integrar o mix de produtos com a marca Languiru, comercializados em todo Estado.
“O investimento na bovinocultura de corte está baseado na expansão social e na diversidade econômica de atividades da Languiru, buscando estratégias capazes de atender às demandas e oportunidades de mercado. Além do retorno econômico, o negócio também tem relevância social, como alternativa produtiva para nossos associados”, destaca o presidente Dirceu Bayer.
Diversidade produtiva
Um dos segredos do sucesso da Languiru é a diversidade de negócios, o que oportuniza diferentes possibilidades para o quadro social. No segmento das carnes, a bovinocultura vem se somar à avicultura e à suinocultura, além da cadeia leiteira, “carros-chefes” no faturamento da Cooperativa, ao lado dos segmentos da nutrição animal, supermercados, lojas Agrocenter, postos de combustível e farmácias.
“O Frigorífico de Bovinos é um antigo desejo da Languiru e amplia o ciclo produtivo nas carnes. Estamos viabilizando e resgatando esse negócio na Cooperativa”, revela Bayer.
Inicialmente, a Languiru analisava a possibilidade de edificação do abatedouro, quando surgiu a oportunidade de arrendamento de uma unidade que estava em construção no município de Teutônia.
Empregos e volume de produção
Nessa etapa, o Frigorífico de Bovinos deve gerar cerca de 35 empregos diretos, podendo chegar a 65 empregados. A planta industrial, com cerca de 3.500m², possui capacidade para o abate de 28 animais/hora para produção de carcaça.
Em novembro inicia transição para produção própria da Cooperativa, que arrendou a planta – até então as instalações foram ocupadas pelo proprietário, com a Languiru utilizando esse período para aprendizado e qualificação da mão de obra. A demanda de produção, num primeiro momento, estima o abate de 80 a 100 bovinos por semana, atendendo os Supermercados Languiru.
“Gradativamente estimamos ampliar a produção, passando a atender a necessidade da nossa área comercial. Dentro de um ano, a expectativa é de que possamos oferecer, além da carcaça, cortes específicos, com agregação de valor à matéria-prima e ampliação do mix de produtos Languiru. Inclusive, trabalhamos com a ideia de utilização de um selo de qualidade para as carnes Languiru, aproveitando o excelente conceito dos nossos produtos junto ao mercado consumidor”, detalha o presidente.
Matéria-prima
Os bovinos serão fornecidos pelos associados da Languiru e outros produtores da região. “Há disponibilidade de animais de qualidade nas propriedades do quadro social da Languiru e parceiros estratégicos”, avalia Bayer.
O mercado da carne bovina vive momento favorável, com muita demanda para uma produção insuficiente. “O mercado regula essa procura. Por outro lado, a avicultura apresenta sinais de recuperação e a suinocultura, depois de momento favorável, passa por período de dificuldade. Na bovinocultura de corte, apesar do custo de produção elevado, quem possui eficiência no processo, apresenta bons resultados financeiros”, conclui o presidente, acrescentando que a planta também poderá abater, num segundo momento, após obtenção de autorização do órgão competente, vacas leiteiras e matrizes suínas em fase final de vida produtiva, dando origem à matéria-prima para produtos da linha de industrializados do Frigorífico de Suínos, instalado em Poço das Antas, e outras unidades.
A Languiru irá trabalhar com bovinos de raças europeias para produção de carne e já avalia a possibilidade de ampliação da capacidade de abate e estocagem do frigorífico.