Costumo dizer que podemos ter ídolos, mas não idolatrar com fanatismo. Para mim, ídolos são referências em algum setor, área, mas não são seres de outro mundo ou pessoas perfeitas.
É bem interessante você ter alguém para se inspirar, acompanhar, torcer e identificar-se com as ideias e as qualidades que se ressaltam positivamente.
Há alguns dias nos deixou uma referência no futebol, incontestavelmente.: o Rei Pelé. Olha que para ter a alcunha de Rei no mundo todo, a trajetória foi mesmo ímpar. E, como foi de fato! Não o vi jogar, mas meu pai viu e se soma a todos, quando diz que não terá mais outro que jogará tanto quanto ele. Foi muito a frente do seu tempo. Seus passes, seus gols faziam pessoas de todos os times vibrarem. Era um líder, mas vestido de humildade. Fazia amigos por onde passava nos campos e tinha também uma marca de gols que chamou sempre a atenção do mundo todo.
Chama a atenção também, ao ler, escutar a sua biografia dentro dos campos, a paixão que nutria pelas camisas que vestia. Pois uma coisa é vestir a camiseta; outra coisa é sentir o peso da mesma e colocar paixão nela e nos pés! Rei Pelé fazia isso quando vestia a camiseta do Santos e da Seleção Brasileira. Hoje, talvez, não conseguimos imprimir tanta torcida e acreditar nos jogadores, pois não vemos o mesmo comprometimento e responsabilidade ao fazer parte da Seleção.
A história dele de superação através do futebol e seu gosto por este esporte chama a atenção de qualquer pessoa, e muito mais os que querem seguir os passos no futebol. Pele nos disse que futebol é amor, que podemos ter habilidade, mas que temos que treinar para isso e que há dias ruins também nesse meio, mas não dá para desistir. Entender que se trabalha em grupo e que é uma profissão que precisa ser exercida com muito afinco.
O seu enterro comprovou que o povo o amava e entendia com muito interesse sua trajetória no futebol. Agora, o que escrevi até aqui foi a trajetória de Pelé no futebol. Deixo isso bem claro, pois também sabemos, não somos hipócritas, de não concordar com condutas dele no campo pessoal, como o não reconhecimento de uma filha, o compadecimento também da filha em relação ao câncer, as suas traições, enfim; como também comecei o texto, ídolo não significa que seja uma pessoa perfeita. Ele, era longe de ser na vida pessoal. Referência e genialidade no futebol, sim, sempre! E não vejo, outros chegando perto do que ele foi nessa área. No mais, teve defeitos, teve controvérsias. Nada é perfeito!