Nesta segunda-feira, dia 27 de fevereiro, é comemorado o Dia do Livro Didático no Brasil. Em 1929, surgiram as primeiras ideias sobre a criação de um livro com finalidades educativas. No mesmo ano, foi criado o Instituto Nacional do Livro (INL), com o intuito de legitimar o livro didático nacional e auxiliar na sua produção.
Somente em 1934 que, no governo do presidente Getúlio Vargas, o instituto começou a elaborar um dicionário nacional e uma enciclopédia, além de aumentar o número de bibliotecas públicas.
Então, em 1937, surgiu o Programa Nacional do Livro e do Material Didático (PNLD), o mais antigo dos programas voltados à distribuição de obras didáticas aos estudantes da rede pública de ensino brasileira. Ao longo do tempo, o programa foi sendo aperfeiçoado.
Com a extinção da Fundação de Assistência ao Estudante (FAE), em 1997, e com a transferência integral da política de execução do PNLD para o Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação (FNDE), é que se iniciou uma produção e distribuição contínua e massiva de materiais didáticos.
O PNLD é um dos maiores programas de aquisição de livros do mundo. A cada ano, investe milhões de reais na compra das obras para distribuir para alunos de todo o Brasil. As escolas participantes do programa recebem materiais de forma sistemática, regular e gratuita. “O município faz a adesão ao PNLD a cada etapa que é oferecida pelo Ministério da Educação. A quantidade de livros recebida por cada escola é conforme número de matrículas do censo escolar do ano anterior”, explica a secretária de Educação e Cultura de Arroio do Meio, Iliete R. Winck.
Trata-se, portanto, de um programa abrangente, constituindo-se em um dos principais instrumentos de apoio ao processo de ensino-aprendizagem nas escolas beneficiadas. Por isso, valorizar o livro didático, é também uma forma de valorizar a educação e os alunos. “Esse instrumento ajuda, deslumbra, direciona, encanta pela riqueza de imagens e cores e orienta os educandos em seu processo de aprendizagem”, destaca a professora de ciências, Leila Horst, que leciona na Emef São Caetano (foto).
Ela explana, “os professores fazem as escolhas desse material didático, em conjunto, de forma democrática, de acordo com sua realidade, seu contexto e Projeto Político Pedagógico (PPP) do educandário. Ele é um caminho a se seguir a fim de evitar lacunas nos planos de ensino. Os docentes têm liberdade dentro desse mundo pedagógico, aumentando suas estratégias de ensino-aprendizagem”.
A secretária Iliete salienta a importância da adaptação dos livros didáticos com os recursos tecnológicos, por parte dos professores, “os livros didáticos, assim como Chromebooks, jogos, são ferramentas de estudo, que, quando bem utilizados, podem facilitar o ensino e aprendizagem de nossos estudantes. Isso significa que o professor não deve se restringir somente ao livro didático, mas buscar outros recursos pedagógicos e tecnológicos, que aproximem os estudantes dos conteúdos propostos na aprendizagem e de temáticas atuais que pertençam ao seu contexto. Dessa forma, as aulas podem se tornar mais estimulantes e interativas”.
A secretária continua, “além disso, é importante que o docente analise o livro didático, observando os conteúdos e temáticas abordadas, a fim de selecionar o que considera necessário trabalhar com a turma, levando em consideração as competências e habilidades que se pretende atingir, além da realidade dos alunos. Ou seja, o professor, ao utilizar o livro, precisa problematizar, contextualizar as informações, para que os estudantes compreendam e construam conhecimentos. Nesse sentido, cabe ressaltar que os professores, hoje, precisam ser mediadores, orientadores, e utilizar todos os recursos didáticos disponíveis em sala de aula. Assim, pode-se considerar que o livro é um apoio pedagógico para professores e estudantes”.
O livro didático, portanto, é essencial para que o aluno consiga desenvolver a aprendizagem, além de nortear os professores sobre os assuntos que devem ser abordados. E, ainda hoje, mesmo com toda tecnologia nas escolas, ele é uma ferramenta importante de pesquisa e fundamental dentro da sala de aula.