Aprendi, à bem da verdade, ‘na marra’, o significado da palavra tão comentada, ultimamente, que é resiliência e que significa: adaptar-se às mudanças. Vamos aos fatos e o que aprendi dessa experiência de dor e onde entra a resiliência.
Estive, recentemente, internada, no hospital, e lá, com o tempo todo que você tem, dá tempo (desculpa a redundância, mas é para ressaltar a palavra tempo) no que eu estava fazendo com a minha saúde. Negligenciamos a saúde, ou melhor, achamos que nunca vamos ter nada, até que nosso corpo dá sinais ou nem dá, mas há anjos chamados de médicos que nos dizem que é hora de parar e ver o que vai para dentro de nosso corpo, especialmente no que diz respeito à alimentação. Em rápidos três dias, para mim nem tanto, aprendi ainda a importância dos exames rotineiros e indicados pelos médicos. Cuidar da saúde é pensar em si e nos outros. Pois, não queremos ser fardos na vida de ninguém. Notei, também, que sou muito nova para desenvolver doenças que posso prevenir, ainda em tempo, bastando cuidar de mim, alimentando minha mente e meu corpo. Corpo são, mente sã!
Eu era uma dessas que comia demais, especialmente e o tempo todo, os lanches rápidos, e deixava de lado saladas e frutas. Quantas vezes ria da situação e achava estranho quem cuidava de si. De novo, cuidar de si é cuidar e dar exemplo para um monte de pessoas. Isso é um ato de amor!
Valorizei novamente, pois já valorizava muito, o papel fundamental de um médico em nossas vidas e ao meu médico, em especial, doutor Sérgio Marques, quero dedicar essas humildes palavras, apesar de que só elas não são suficientes por tudo que ele fez e faz por mim, orientando-me, exercendo seu papel com dedicação, ética, humildade, respeito. Ele tem um currículo invejável, mas o maior deles e que se vê nos seus olhos é o amor que tem em clinicar e ser intensivista do hospital. Fala de cada paciente com atenção e reconhece neles uma esperança de melhora e de mudança de vida, como a que eu já estou fazendo. Por onde passo, falar dele é sinônimo de ouvir elogios. Com certeza, já tem um legado e tanto na linda profissão que escolheu.
Às enfermeiras, técnicas de enfermagem, faxineiras, todo nosso carinho e respeito, pois trabalhar num ambiente em que a pessoa está doente e doente de tudo, não é fácil! Uma enfermeira até foi elogiada por mim, já que lhe disse que estava muito bem arrumada e bonita e ela me disse algo que também levo para minha vida: onde você trabalhar, o turno que trabalhar, faça sempre o seu melhor, vista-se da melhor forma, se arrume para o outro. Você escolheu estar ali naquela função e o doente não, foi o que ainda essa jovem me ponderou.
A resiliência entrou em minha vida, quando tudo andava muito rapidamente, no ‘piloto automático’, então o corpo pede para parar e reavaliar ações, rotas, palavra, desejos e, principalmente, mudanças. É sobre isso, saber onde estamos para saber onde queremos chegar e modelo para quem queremos ser. Nossa atitude, especialmente, na Educação, move muitas vidas.
Ah, meu leitor…. ainda tenho tanto a dizer, ops, escrever, mas meu curto espaço vai terminando. Por fim, quero dizer o quanto é importante, assim que um colega seu se ausenta ou você sabe da doença de um amigo; você ligar, ir visitar, mandar uma mensagem. Isso acalenta! E, assim que ele retornar, abraçá-lo, escutar com escuta ativa o que realmente houve e como será dali em diante; ah isso faz a diferença, faz muito bem!