O Polenguinho é um gatinho muito esperto que tem dois anos. Sua rotina é passar várias horas do dia no Prédio Comercial Monte Belo em Arroio do Meio que fica em frente a casa de sua tutora, a professora de canto e violão, Simone Buttini, na rua do Hospital São José. No Dia Mundial dos Animais nada como compartilhar uma história diferenciada e divertida.
“Ele vai lá todos os dias. Fica pelos corredores, entra dentro das salas de atendimento, sobre no elevador e vai na garagem. Isso acontece há mais de seis meses. Um dia ele sumiu e o pessoal do prédio trazia ele até aqui. No entanto, ele continuou indo lá sempre e hoje já é popular, querido e conhecido pelos clientes e profissionais do prédio. Ele se sente em casa e não fica assustado. Muitas vezes fica miando e já sabem se ficou preso na escada com a porta fechada.” Polenguinho que chegou na casa de Simone, bem pequeno depois de ser deixado dentro de uma caixa próximo de uma residência no Bairro São Caetano, já pode ser considerado o ‘psicólogo’ em uma das salas, pois costuma deitar na cadeira da profissional.
UMA PAIXÃO DA INFÂNCIA
Além de Polenguinho, Simone tem outros nove gatos. Já cuidou de três gatas gestantes em que cada uma teve quatro gatinhos. Umas de parto normal e outras de cesárea. ‘Gateira’ desde a infância seu amor por eles é incondicional. Entre eles, três ainda são pequenos. “Lembro que uma vez eu estava no hospital quando criança e minha mãe levou meu gato lá. Ajudou muito na minha cura, porque são seres especiais e de muita luz.” Uma casinha comunitária também foi construída para todos. “Os gatos são muito inteligentes e sabem como as pessoas são, sabem ou não se gostam deles.”
Na enchente de setembro de 2023, um dos gatos desapareceu e Simone também já perdeu outros ao longo dos anos por causa da leucemia felina que não tem cura. Na catástrofe de maio deste ano, todos ficaram no andar de cima em segurança, pois a água quase entrou na residência no primeiro andar e os móveis foram retirados por precaução. “Eu me apego muito a eles, uns podem morrer ou fugir, então, tenho sempre vários.”
Foto: Arquivo Pessoal