Ter o privilégio de escutar Leandro Karnal é um presente e uma experiência que todos deveriam vivenciar. Neste texto pretendo lançar mão de algumas de suas tantas ideias para que juntos possamos pensar a Educação e transformá-la. Karnal é professor e parte de sua experiência para navegar em vivências suas e muitos estudos e nos dizer o tempo todo da nossa grande missão que são os alunos. Nosso objetivo sempre devem ser eles: os alunos. Tudo o que se faz é para que o aluno aprenda, assim sendo, o resultado, é uma evidência de que ele está aprendendo.
Integrar a escola e engajar a comunidade com outros contextos, incentivando da parceria com as famílias, constantemente, deve ser premissa básica. A escola não é uma ilha, e quanto mais houver êxito nessa integração, maiores resultados os alunos obterão.
Ser gestor não é uma missão fácil, mas nobre e necessária. Necessária para valorizar o desenvolvimento profissional de toda a equipe, inclusive, não dando vazão às fofocas. Sobre fofocas algo interessante nos ensinou: quando alguém quer contar algo a você, gestor, pergunte: isso me agrega, é verdadeiro e é necessário? Ainda, salutar, exercitar empatia, o diálogo e a mediação de conflitos.
O diretor de escola é um “grande guarda-chuva”, pois abarca todas as situações de uma escola, mas a mais clara e importante delas é a de desempenhar um papel altamente significativo na melhoria da aprendizagem e do clima escolar.
Pense, comigo, querido gestor, você pode e deve incentivar os professores a darem o seu melhor, pois ele ainda é a melhor ferramenta de ensino que existe, a tecnologia não substitui ninguém, ela deve agregar e não posta de lado; mas ela não é a aula. A melhor estratégia, com planejamento, é a comunicação do docente. O educandário não é definido pela tecnologia e, sim, pela sua filosofia.
Se eu, gestor, não sei onde quero chegar, eu me deixo levar para qualquer lugar ou nenhum lugar. Agora, se eu tenho um plano de ação, sei exatamente onde chegar e o grupo de professores sente segurança em colaborar. Tenho que ter direção, senão vou ser refém. Ninguém faz nada sozinho. E num grupo de escola é preciso criar o senso de ‘corresponsabilização’, sendo que todos, são responsáveis pela aprendizagem do aluno.
Conhecer a escola, pode parecer algo fácil de saber, mas não é, é preciso observar a trajetória da escola, o caminho percorrido. Há vidas, culturas por detrás de paredes. E para que todos vão em busca das metas, o engajamento é necessário, e por vezes, esse é um dos maiores desafios. Lembre-se de uma reunião de pais, para ver se não é a partir de então que passamos a entender melhor as dificuldades e vidas de nossos alunos.
Ser diretor é ser presença na “trincheira”, estar em todos os lugares, o tempo todo e olhar dentro dos olhos dos alunos, pois isso a tecnologia está tirando. Não seja “capataz”, em que as pessoas têm medo quando você chega. Você, líder, precisa transmitir calma e ser resolutivo.
A resposta para esse mundo tem que sair de nós, professores, senão os burocratas vão dar. Dê a sua melhor aula e lembre-se que, cuidar é repetir. Nossa vocação é a de cuidar. E, sonhe os alunos. Sonhe junto deles e faça-os realizarem seus melhores sonhos.