Li com profundo pesar notícia sob o título “Ministério Público recomenda suspensão de licenças do Complexo Cultural do Gaúcho”. Não vou entrar em detalhes sobre a polêmica. Não conheço a íntegra do processo, nem sou especialista em meio ambiente, em legislação ou tenho preparo na elaboração do plano diretor municipal. Li com muita dor porque há décadas defendo a necessidade de Arroio do Meio ter uma festa tradicional – do tipo Frangofest – com sua corte – rainha e princesas – e pontos turísticos capazes de atrair visitantes e trazer renda para nossa população. Li com pesar a notícia porque assisto com alegria o que acontece em Encantado. O Cristo Protetor tornou-se atração estadual e nacional, assunto constante na mídia de Porto Alegre e na Rede Globo. Todo o Vale do Taquari se beneficia do empreendimento. O grande fluxo de turistas permite que outros municípios criem atrações capazes de atrair o interesse dos visitantes; Arroio do Meio está em desvantagem logo na entrada da cidade.
O trevo da ERS-130 é uma vergonha. O governo do Estado, pródigo em eventos para gerar manchetes é incapaz de implantar um viaduto. O governador deve lembrar dos votos de Arroio do Meio para ser presidente da república. Este é seu grande objetivo para 2026. Um viaduto pouparia tempo, dinheiro e muitas vidas. Ao trafegar no sentido Lajeado-Encantado, o motorista precisa de cuidados redobrados, o que dificulta visualizar a entrada da cidade. Deveria ser instalada uma placa grande e vistosa no trecho entre a ponte do rio Forqueta e o trevo, chamando a atenção para o acesso à cidade. A vista do Morro Gaúcho e adjacências é incrível. Não canso de visitar o local, muito parecido com o Morro da Borússia, em Osório. Lá e os visitantes dispõem de restaurantes, estacionamento e uma rampa em forma de mirante. Pode-se avistar todo o Litoral gaúcho e parte da Serra e da Região Metropolitana. Arroio do Meio precisa crescer, fomentar o desenvolvimento e gerar oportunidades para recuperar as perdas da enchente. Municípios vizinhos estão mobilizados, mas parece que nascemos para sermos pequenos. É injusto submeter nossos conterrâneos a mais este sofrimento. O sofrimento do atraso.