Existe uma grande expectativa em relação à entrega da nova ponte junto à ERS-130, que liga Arroio do Meio a Lajeado, ou a parte baixa à zona alta do Vale do Taquari. A (nova) data marcada é 29 de março.
Sou leigo. Não sou engenheiro ou arquiteto. Sou jornalista. E cidadão. Não tenho conhecimento para avaliar o andamento da obra. Sei, sim, que há um sentimento de ansiedade e desconfiança, fruto da frustração impingido à toda região. Afinal, a esperada ponte teve juras de entrega no Natal. Seria um presente, que virou… presente de grego.
Uma das definições de “presente grego” é: “Trata-se de uma expressão popular que remonta a um evento histórico do passado, que nos ensina sobre traição, desconfiança e a importância de refletir sobre as intenções por trás de cada presente” . E foi exatamente isto que aconteceu com a promessa – reiterada – de entrega da obra no aniversário de Cristo.
Ao contrário do que aconteceria em outras regiões, nós reagimos com indignação, mas sem agressividade. Apenas com respeito e comedimento. Fizemos um tímido protesto numa tarde chuvosa de sábado. Não fomos para a frente do Palácio Piratini ou da sede da EGR, a empresa ligada ao Governo do Estado que frustrou nossa expectativa. Não bloqueamos rodovias. Sequer pagamos “a pedidos” em jornais ou notas de protesto em emissoras de rádio e tevê.
É hora de pensar coletivamente, com
humildade, diálogo e com estratégia
Nossa formação, forjada no respeito às leis e normas de convivência, conquistou respeito à gente do Vale do Taquari Brasil afora. Mas também mostrou que nos falta determinação, lideranças políticas com estatura estadual e federal.
Em 2026 vamos eleger presidente da república, governador, senadores, deputados estaduais e federais. Teremos que mostrar a força dos 36 municípios do vale para eleger conterrâneos comprometidos com nossas prioridades. Espero que a vaidade política, que impediu conquistas fundamentais para a nossa gente, seja fique no passado.
É hora de pensar coletivamente. Com humildade, diálogo e estratégia. É preciso planejar com emprego de tecnologia, fixar metas e cobrar resultados. Bravatas e gritaria não resolverão os problemas. Para conquistar soluções impõem-se usar talentos e cérebros forjados no Vale do Taquari.
Temos que exigir, cobrar e fazer valer as promessas que até agora são apenas sonhos de verão.