Por Liane Cristina Bauer – Professora e Psicopedagoga
As telas, como smartphones, tablets e computadores, têm se tornado parte integrante da vida das crianças, especialmente na fase de alfabetização. Por um lado, elas oferecem uma variedade de recursos educativos que podem estimular o aprendizado. Aplicativos interativos e jogos educativos podem tornar a leitura e a escrita mais atraentes, ajudando as crianças a desenvolverem habilidades linguísticas de forma lúdica. Além disso, o acesso a vídeos e histórias digitais pode enriquecer o vocabulário e a compreensão de textos.
No entanto, o uso excessivo de telas pode trazer efeitos negativos. A exposição prolongada pode levar a problemas de atenção e concentração, dificultando o aprendizado. Crianças que passam muito tempo em frente a telas podem ter menos oportunidades de interagir socialmente, o que é crucial para o desenvolvimento emocional e social. Além disso, a falta de atividade física associada ao uso excessivo de dispositivos pode impactar a saúde física das crianças.
Outro ponto a considerar é a qualidade do conteúdo consumido. Nem todos os aplicativos e vídeos são educativos; alguns podem ser distrativos ou até prejudiciais. Portanto, é fundamental que os pais e educadores orientem o uso das telas, escolhendo conteúdos apropriados e limitando o tempo de exposição. Em resumo, as telas podem ser aliadas no processo de alfabetização, mas é essencial equilibrar seu uso com atividades tradicionais e interações sociais para garantir um desenvolvimento saudável e completo.