
Um sorriso cativante. Uma mulher muito bonita. Elegante e cheirosa. Uma loira, alta e magra. Assim descrevo-a fisicamente. Os primeiros minutos são o suficiente para ver que é muito querida, solícita, agradável, simples e inteligente, dentre outros tantos adjetivos que a qualificam como espetacular. Quem é ela? É a escritora Letícia Wierzchowski.
Na feira do livro de Taquari, tive o prazer de dividir o palco com a autora, entre outros, de “A casa das sete mulheres”.
Quando da sua fala fiquei prestando atenção em alguns detalhes que gostaria de dividir com vocês. Sempre se aprende com pessoas inteligentes, é impressionante.
Sua oratória leve e gostosa de ouvir contribuiu para que nos apropriássemos de alguns conselhos, dicas e significados que ela deu à leitura.
Falou ao público que é difícil de viver da literatura, que no início recebeu vários “nãos”, mas que hoje, não escolheria outra profissão se não essa, e que é muito feliz, pois descreve a arte de escrever como uma ferramenta para iluminar histórias, contar fatos, corrigir a vida, chorar a vida ou simplesmente fazer refletir.
Seu gênero é o romance em que os personagens dão vida a fatos, a partir de um cenário criado pelo escritor. E ela gosta que o palco dessas histórias sempre traga o contexto, ou seja, o pano de fundo é a época. Na obra “A casa das Sete Mulheres”, temos a Revolução Farroupilha. Em: “Cristal Polonês”, temos a história de uma família, de origem polonesa que vive no Brasil.
Tem um livro da escritora que chama muita atenção de todos, até a mim que é “Amanhã será um dia melhor” por sua sensibilidade ao contar a história de amor entre duas pessoas. Tudo ocorria bem, e desse amor nasceram gêmeos. Essa história foi contada à autora pelo viúvo que quis perpetuá-la através do livro, e na vida real a esposa morreu antes de realizar o seu sonho, mas Letícia corrige a vida, como mesmo define, dando um final diferente e não deixando o vestido pendurando e casando-os e vivendo no livro os momentos de felicidade que o casamento proporciona.
A jovem escritora aprendeu escrever histórias, fazendo. Começou a escrever para ocupar o tempo de espera de uma funcionária que teve, aos 23 anos, e não parou mais. A arte de escrever a inspira e ajuda as pessoas a se elevarem a um outro patamar, a concordarem com o que está escrito ou mesmo divergirem. Ela, a autora, considera especial e essencial essa interação que ocorre entre autor e leitor. É a mágica que ocorre quando você entra na história. Você passa a viver, imaginar, interagir com os personagens e se transporta para a época e local da mesma. Isso tudo realmente é mágico.