
No domingo, por conta de uma festa comunitária, pude fazer uma bela reflexão sobre o sentido da força de uma comunidade quando se une para fazer as coisas.
E aqui eu cito um, mas sei de outros tantos exemplos em volta sobre comunidade. Mas falo, especificamente, da festa dos 80 anos do Forquetense. O almoço contou com a presença de muitas pessoas, ou seja, salão lotado. Tudo muito bonito, organizado. A comida deliciosa. O clima e energia eram bons, o que denota que nem o frio e o chuvisqueiro atrapalharam.
Interessante que, quando vi, ao me servir, uma família inteira ajudando: a filha recebendo as fichas, o pai cortando a carne e a mãe servindo saladas. Eu, no meu egoísmo, pensei: eu aqui me servindo e sendo servida. Mas, meu pensamento foi mais longe ainda.
Quando contada a história do Forquetense, esse imponente clube, pensei: quantas pessoas abdicaram de seus momentos com a família para construir o clube, fazer times, arrecadar fundos, montar diretorias, organizar bailes, fazer festas, realizar torneio. Quantos deram o seu lazer para dar lazer aos outros?
Precisamos ter esses clubes de interior, pois são lugares saudáveis de se divertir, acompanhar um futebol, praticar um esporte, conversar com amigos, trocar ideias e se relacionar. Estão faltando lugares para o deleite da alma e o relacionamento com pessoas de modo presencial. As telas estão consumindo os encontros.
O que eu vi domingo foi a força de várias mãos que construíram um clube gigante, não só em número de troféus de futebol, mas gigante por proporcionar às pessoas momentos de alegria. Uma história bonita de muitas festas. Claro que sabemos que por detrás das festas, há muita luta, grupos trabalhando, como aquela família que citei.
Presenciei no domingo o reconhecimento das pessoas que lideraram o processo, como ex-presidentes que foi meu pai. Válido lembrar os que construíram a história. Lembrar a história é um gesto de gratidão e reconhecimento.
Que todos os clubes homenageiem e lembrem sua história. Que esses momentos e tantos outros juntem pessoas ao redor de uma mesa de comida e bons bate-papos. São momentos assim que reencontramos pessoas, que valorizamos nossas origens, que lembramos quem somos.
Um viva à força das nossas comunidades, que elas jamais morram!