Bem que eu tentei voltar à outra pauta. Fica chato, parece provocativo tocar, ou melhor olhar com esses dois veteranos olhos o que se observa nas redes sociais e mídia convencional. Mas eu percebi e, não quero ser acusado de preconceito de qualquer tipo, que defensores de ambos os sexos, permaneceram mais controlados quando a pauta se resumiu às fotos da esposa do ministro do Turismo. O que aconteceu nas redes foi uma correria à vida pregressa da moça, Miss Bumbum 2013 nos Estados Unidos.
As imagens são exageradas, mas a moça tem dotes que ultrapassam os limites dos decotes e foram bem aproveitados pelas lentes. O que eu vi depois, dezenas de outras postagens antigas em momentos domésticos do casal, ambos bem mais à vontade, me pareceu crueldade. Cheguei a receber um vídeo da moça com cenas extremamente picantes. Sei lá o que ela fazia para sustentar-se ou simplesmente saciar a vaidade pelo corpo bem torneado. As redes sociais fuçam e os maldosos adulteram, editam, puxam dali, esticam de lá e pronto, a imagem de uma pessoa vai ao chão.
Olho agora as fotos e não me permito julgamentos. Seremos tão especiais assim para condenar as mulheres belas e recatadas, ou as belas e descoladas – todas são do lar – não necessariamente um lar a semelhança do nosso. Nas fotos o novo ministro abraçava-se com um ar de guri bobo diante da conquista que pareceria impossível, para outros, leituras bem piores. Sei lá o que acontece entre quatro paredes. Muito mais grave está acontecendo nas ruas, com a violência que assusta. Ninguém está pelado, em poses sexys. A gurizada está armada até os dentes e as mamães e papais destes jovens delinquentes, muito longe de formar um lar de recato.
Quando abrimos diálogo com a família criamos filhos com amor próprio, com vontade de ir além do instante midiático. A vida de sucesso começa no verdadeiro lar, independente do pai ou da mãe trabalharem fora. Eles estarão presentes de inúmeras maneiras, ao acompanhar as atividades domésticas, ao revisarem cadernos de temas, ou conversarem minimamente com os filhos. E não esquecer que são exemplos de vida.
Isso não está nos livros, nas redes sociais ou nos cursos. É a lição do cotidiano que te leva a pensar se vale a pena corromper-se ou realizar-se como gente pela trilha não menos difícil e tortuosa, dos bons e velhos preceitos éticos. Teremos menos misses de bumbuns com isso? Sei lá, o problema não é esse, mas sim o que se faz para se conquistar a faixa.

