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    História Viva

    OSCAR GABRIEL

    adminBy admin26 de julho de 2019Nenhum comentário9 Mins Read
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    Filho de uma família humilde que possuía um minifúndio no Umbu, Forqueta Baixa, Oscar Gabriel, soube se reinventar profissionalmente diversas vezes ainda na juventude. Na transição para a vida adulta, foi um dos braços fortes por trás da idealização da fábrica de balas e chocolates Wallérius e Cia Ltda, que tornou Arroio do Meio conhecida no mercado internacional. Aos 91 anos, esbanja simpatia e saudosismo, de tempos onde as realizações eram consequência de muito esforço físico e mental, valores e princípios em torno da vida comunitária e familiar.

    Natural da parte alta de Picada Arroio do Meio, nas imediações da divisa com Linha 32, Oscar Gabriel, ainda na infância chegou a morar em Forqueta, quando sua família tentava viabilizar a compra de uma propriedade. Como não conseguiram pagar, seu pai, sua mãe e os sete filhos, acabaram estabelecendo-se na terra dos avós, no Umbu, em Forqueta Baixa.

    Aos 15 anos, Oscar começou a prestar serviços de capina para vizinhos e a quebrar arroz num banhado. “Ganhava ao redor de dois réis por diária”, recorda. Por três anos consecutivos, montou taipas para delimitação de divisas nas propriedades rurais. As pedras eram arrastadas com a ajuda de cangas de bois e correntes. Na maioridade, foi contratado para ajudar a plantar uma lavoura inteira na Barra do Forqueta e, na sequência, ajudou a construir uma olaria, onde hoje fica a Cerâmica Barrense.
    Então surgiu uma oportunidade na fábrica de lápides de túmulos da família Weizenmann, em Carneiros, Lajeado, onde atuou por cinco anos, como coveiro e aprendeu a ser pedreiro. Nesta época rendia mais dinheiro confeccionar rebolos para afiar ferramentas à noite do que o próprio salário no trabalho. Isso só era possível por causa da iluminação à base de luzes de carbureto (mineral de baixo custo muito usado em minas e cavernas, pois suporta um alto grau de umidade sem apagar).

    Como não obteve aumento salarial, voltou para a casa dos pais. Certa noite, Oscar foi visitado por um engenheiro construtor e restaurador de moinhos que o chamou para trabalhar em Estrela. Como era mais distante de casa, no meio da semana ele pernoitava em pensões. Nos fins de semana, retornava para o Umbu de ônibus. Naquele tempo, os bailes ocorriam nas noites de domingo e acabavam antes da meia-noite.
    Tinha 23 anos, quando conheceu sua esposa Sybilla Müller, por acaso, depois de perder o ônibus para o serviço. Acabou tendo de pegar outra condução, que também chegasse ao local por outro itinerário, e se deparou com duas belas moças, que vinham da linha Beija Flor, Estrela, pela barca. Elas conversavam entre si no coletivo, dando a entender de que iriam a uma festa na Avenida Piraí, no bairro São Cristóvão, em Lajeado, que na época concentrava eventos para jovens. Aproveitou o fato de uma tia residir nas imediações para tomar um café e se arrumar para ir ao baile. O namoro acabou dando certo.

    Frequentando a casa da família Müller, em Beija Flor, na divisa com Colinas, Oscar conheceu seu cunhado, Arno Müller e seu concunhado, Amos Wallérius, que já era casado, morava em Santo Ângelo e trabalhava na fábrica de balas Krantz. Wallérius já havia tido experiência na indústria de balas Schann de Lajeado que acabou fechando. Numa conversa, os três jovens articulavam seu futuro e estavam insatisfeitos com o fato de serem empregados.
    Na época, Oscar atuava como marceneiro na indústria de móveis da família Antoniazzi em Lajeado e dividia a pensão com Arno, que era marceneiro da Móveis Reeps. Amos, que já era pai, tinha a intenção de abrir uma fábrica de balas, mas juntos eles não tinham recursos para alugar um imóvel e seus familiares não tinham como dar suporte. Oscar lembra que o concunhado tinha uma pequena economia, que possibilitou adiantar uma entrada e parcelar a compra de dois terrenos na rua Daltro Filho, em Arroio do Meio, que era de propriedade do Clube Esportivo. Havia um prédio em ruínas com uma cisterna e dois banheiros.

    Oscar e Arno ficaram encarregados de construir a fábrica enquanto Amos continuava na Krantz em Santo Ângelo. Quando a obra foi concluída Oscar casou-se com Sybilla, e os dois alugaram uma casa nas imediações do Colégio São Miguel. Amos e sua família se mudaram para os fundos da fábrica. A escolha do nome para a nova indústria Wallérius e Cia Ltda, foi um consenso entre os três sócios, pois Amos era o único com conhecimento no ramo de fabricação de balas.
    O primeiro lote de balas foi produzido em maio de 1954 com 10 sacos de açúcar e dois barris de glicose. Tudo foi fabricado manualmente com auxílio de máquinas de pequeno porte. Só havia luz até a meia-noite que era gerada por uma estação de energia elétrica no moinho da família Wienandts, para atender indústrias da cidade – este estabelecimento acabou inspirando o nome do Hotel Moinho da Luz.

    As balas estavam prontas, porém, as dívidas precisavam ser quitadas. Com uma bicicleta, Oscar se prontificou a apresentar as amostras das balas nos estabelecimentos comerciais que conheceu na época em que se deslocava para trabalhar em Lajeado e Estrela. Pela rota que estava habituado a circular, nos dois lados do rio Taquari, de Arroio do Meio, até o bairro Conservas, em Lajeado, atravessando até a escadaria da Polar em Estrela e subindo até Colinas, voltando de barco, foi possível vender todo o estoque. Para dar conta da entrega foi preciso contratar uma caminhonete para a distribuição. A primeira cliente atendida foi Ardella Kerbes, no bairro Aimoré. “Conseguimos pagar todas as duplicatas” recorda.
    Inicialmente cada bala era embalada manualmente, com ajuda das esposas e de um pequeno grupo de mulheres que morava nas imediações, que eram remuneradas por volume produzido. Uma delas foi Jessy Nicolai Kerbes. Em vez de saquinhos plásticos, as balas eram colocadas em baldes para serem distribuídas. O primeiro representante comercial − na época chamado de caixeiro viajante − foi Alfredo Zambiazi, que possuía longa experiência e contatos de quando atuava na Schann. Ele carregava os produtos e vendia a pronta entrega.

    No final da década de 1950 a empresa aumentou seu quadro social e o processo industrial foi aperfeiçoado e, no mesmo prédio onde tudo começou, conseguiram expandir a produção de 300kg para 12 toneladas por dia, gerando 170 postos de trabalho.Os viajantes foram essenciais para a expansão das vendas em toda a Região Sul. Alguns deles tornaram-se figuras conhecidas como Aventino Caumo, Erno Corbelini e Rudi Alberton. E, na sequência, a Walléruis começou a exportação e o aumento do portfólio de produtos. As máquinas eram adquiridas de outras fábricas que fechavam, inclusive de Pelotas.
    Oscar não sabe de maiores detalhes em torno das operações de mercado, pois seu foco era a montagem e manutenção industrial. “Eu sabia qual era o problema da máquina só ao ver algo diferente no formato das balas”, detalha. Ele acredita que as linhas de produção mais artesanais, possibilitavam um controle de qualidade mais eficiente em todos os processos, alcançando uma padronização.
    Quando a empresa migrou para o prédio do Frigorífico Ardomé, no fim da década de 1980, foi possível direcionar a fabricação de chocolates na estrutura onde havia as câmaras frias. Já a produção de balas passou a ser desenvolvida num novo prédio, construído pela empresa no imóvel. Neste período a indústria já produzia pastilhas, drops, gomas, pipoquinha e chocolates. O primeiro prédio da Wallérius acabou sendo ocupado pela Girando Sol e, recentemente, foi adquirido por Ênio Meneghini.
    Todos os seus oito filhos (Varci Träsel, Glaci Jordan, Clair Pretto, as gêmeas Dulce Neumann e Delci Kronbauer, Benito, e as gêmeas Maria Cristina Gonzatti e Maria Helena Krey) tiveram sua primeira experiência profissional na linha de produção da empresa. Antes disso, já desempenhavam algumas tarefas em casa, como embalar balas e pastilhas, que lhes possibilitava uma renda para estudar no Colégio São Miguel. Segundo Oscar, a terceirização era bastante comum e desenvolvida por mais famílias. Nenhuma das filhas chegou a trabalhar no escritório pois, na época, os serviços administrativos eram desenvolvidos por homens. Quando casadas, as mulheres tinham que se desligar da função de operárias. Os filhos seguiram carreiras em outras profissões, junto à Susepe, na área de restaurantes, no magistério, com voluntariado e no atendimento institucional.

    Oscar aposentou-se, mas se manteve no quadro social. Seu desligamento definitivo da empresa ocorreu durante a venda da Wallérius, para o Grupo Di Trento em 2000, posteriormente incorporada pela Vonpar e Neugebauer. Ele revela que houve um período muito estressante, devido ao choque cultural entre diferentes gerações sobre as práticas laborais.
    Fora da fábrica, Oscar sempre fez questão de manter-se ativo na agricultura, na propriedade de cinco hectares que adquiriu em 1959, na rua Júlio de Castilhos, com lavoura na várzea do arroio do Meio. A atividade foi fundamental para a família, além de ser uma ocupação para sua esposa, que adorava a lida rural. Sybilla faleceu há cinco anos.
    Oscar também participou ativamente do Círculo de Pais e Mestres do Colégio São Miguel, especialmente na organização de estruturas de festas. “Com a carroça, pegávamos lonas emprestadas de caminhoneiros para armar uma cobertura no pátio do colégio”, relembra.
    Religiosa, por muito tempo a família Gabriel também tinha assento praticamente exclusivo na igreja matriz Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Socialmente, quando não havia serão na fábrica, Oscar chegou a jogar bolão no subsolo do Ceam, mas seu esporte favorito era a bocha, praticada no Piscina Clube.
    Atualmente os filhos se revezam para cuidar de Oscar durante a noite. Durante o dia, ele é atendido por uma cuidadora. Quando nenhum filho pode, algum dos 21 netos faz a honra. Oscar possui 10 bisnetos. A união é um dos valores que a família preza.

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