SOLANO ALEXANDRE LINCK – Jornalista
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FÉ NAS FAKE NEWS, ONTEM, HOJE E SEMPRE – Em plena era da IDIOCRACIA, em que as pessoas ‘sofrem’ para aprofundar seu conhecimento, evitando buscar informações reais e analisar possibilidades viáveis, a preferência de muitos ainda é se embasar em factoides, pois se são mais comentados, têm mais audiência, logo são verdade. Só que não!
Moramos num país rico. Somos uma nação pobre. A maioria nem sempre está certa, mas parece sentir prazer na submissão, até temos masoquistas, e os preocupados com a ‘desgraça’ alheia, mas que estão com o umbigo sujo.
Se existe uma dificuldade em enxergar o óbvio, imagina discernir temas específicos, que se camuflam de ‘domínio/consulta popular’, mas são resolvidos por menos de meia-dúzia. Enxergar, ouvir, ler e conversar, não significa compreender/resolver os fatos. É nítido, que vivemos numa sociedade que está em diferentes fases do vampirismo moderno. Mas a culpa da depressão emocional da sociedade é da imprensa.
MENOS RECURSOS ESTADUAIS – De acordo com o secretário da Fazenda de Arroio do Meio, Márcio Zimmer, a tendência é a redução de aproximadamente 10% na arrecadação do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 2020, em comparação com 2019. Hoje 40% do orçamento municipal de R$ 89,7 milhões, vêm do Estado. Além do ICMS, o município recebe fatias do IPI/Exportação, que pode reduzir com menos vendas e IPVA, onde já há parte da frota de prestadores de serviços parada. Não estão descartados atrasos em repasses diretos para saúde, educação e segurança pública, sem vínculos com a arrecadação. Outros 35% do orçamento vêm da União. Conforme fontes ligadas a parlamentares, poderá haver diminuição ou até corte total de emendas no pós-pandemia.
EFEITOS COLATERAIS DA PANDEMIA – A economia brasileira é bastante segmentada. Existem os serviços oficiais, essenciais, supérfluos e uma série de atividades informais e até ilegais – mas integram a ‘cultura coletiva’ e dependem da economia aquecida para atuar com cordialidade. Essa economia paralela sempre movimentou bastante dinheiro, alimentou necessidades e sonhos. Porém, os fiadores não necessariamente integram o sistema bancário. Nem por isso deixam de ser tradicionais e flexíveis: quando não tem dinheiro até aceitam almas.
EFICIÊNCIA NO PASSO A FRENTE – Moradores de Dona Rita elogiaram a eficiência da secretaria de Obras em executar o asfalto na ERS-482. “Bem menos profissionais e máquinas envolvidos do que com o Daer, e foi concluído […] de forma rápida”. Me ouso a dizer que a experiência pode resultar em voos maiores para os profissionais envolvidos, quem sabe com empreiteiras arroio-meenses fazendo asfalto por RS e Brasil afora.
VEREADORES VOLUNTÁRIOS – Em Nova Bréscia, existe uma mobilização popular defendendo que o poder Legislativo atue de forma voluntária. A população acredita que os políticos pecaram na geração de oportunidades de trabalho e renda, e que não é necessária remuneração para políticos, para exportar jovens, empreendedores e matéria prima. Adultos de meia idade alertam que a economia da cidade é atrelada à atuação do serviço público, parcerias políticas e renda de aposentados. Existe pouca iniciativa própria por parte de empresários. “Temos áreas reflorestadas, mas não temos mão de obra para tirar a madeira”.