No decorrer da semana, tive a oportunidade de voltar a conversar com o engenheiro de pontes, Hildo Artur Mourão da Silva, aposentado de carreira do Daer, referência nacional em projetos de pontes (páginas 08 e 09). Morador de um condomínio à beira-mar, no litoral, ele está enjoado da aposentadoria e mostrou-se solidário com a nova causa do Vale do Taquari, a ponto de cobrar apenas pelas despesas.
POLÊMICAS EM TORNO DE PROCEDÊNCIA E FOCO SOCIAL – A apreensão de alimentos de origem animal, sem procedência, na feira do produtor, ainda vai dar muito pano para manga. Muitas pessoas que circularam pela feira do peixe da Semana Santa, avaliaram que haveria brechas para enquadramentos, embora tudo estivesse no “capricho”. Grande parte dessas supostas “irregularidades” será sanada com o funcionamento do abatedouro móvel de peixes.
Obviamente que as polêmicas envolvendo irregularidades não são uma exclusividade das feiras de produtor ou de peixes. A sociedade é corrompida em mais de 80% e se deixa facilmente se pautar por assuntos menos importantes, mas com apelo de novela das oito, enquanto situações mais graves são blindadas, com ‘ajuda’ de instituições e referências de credibilidade, que nem sempre são o que parecem, ou são facilmente manipuladas e direcionadas.
Quando a casa está caindo é mais fácil jogar o foco para o ‘elo’ supostamente mais fraco da corrente – o boi de piranha disfarçada de sereia. Mas em correntes podres, nada mais importa. O importante é tentar salvar a si. A onipresença e força de algumas estruturas muito mais antigas que a ética, honestidade e moralidade, são quase imbatíveis, e nem vale a pena confrontar.
O mais comum é gente corrupta que se acha honesta, reclamando da corrupção dos outros. É quase como briga de bêbado, todos querem ter a razão.
RECESSÃO = OPORTUNIDADES? Os cisnes negros – acontecimentos de impacto desproporcional para lá das expectativas normais históricas, científicas, financeiras e tecnológicas, com consequências intangíveis, inclusive do ponto de vista psicológico – e as recessões são momentos de rupturas e oportunidades. A pandemia trouxe isso.
O Grêmio sempre montou seus melhores times, em tempos recessivos – fase pós-impeachaments de Collor e Dilma, e da superinflação no início década de 1980. Se um novo time campeão vem aí, ainda é cedo pra avaliar. Mas o que estamos fazendo pelas nossas vidas?
ABÓBORAS E MORANGAS DE ROQUE HENTGES – O agricultor Roque Hentges, 75 anos, de Arroio Grande, Arroio do Meio se surpreendeu com a colheita de aboboras e morangas em sua propriedade. As sementes foram trazidas das cidades de Casca e Marau pelo filho Fernando Hentges, 35 anos, e outras foram compradas na agropecuária da Languiru.
Toda a colheita está armazenada em um galpão. Algumas delas chegam a pesar 16 quilos e serão usadas para a produção de geleias, trato de terneiros, porcos e galinhas. Além das abóboras a família de Roque cultiva outros alimentos para o consumo próprio, como feijão, melancia, melão de neve e aipim. “Temos de tudo um pouco. Na última safra colhi mais de dois quilos de feijão”, destaca.