São milhares os exemplos nos quais as pessoas vêm visitar o Brasil por alguns dias e depois de se apaixonarem por quase tudo o que aqui existe, simplesmente se transferem de “malas e bagagens” para cá, em busca de realização e da felicidade que aqui é possível alcançar.
Faz 70 anos que Stefan Zweig disse e escreveu: “O Brasil é o país do futuro”.
Por conhecer boa parte do “mundo mais avançado”, à época, ele já havia convivido com seus principais nomes e entendia que, dali, só sairia o suficiente para aquela atualidade, nada com jeito, cheiro, gosto ou ideia do amanhã. O reconhecimento disso tudo antecipou seu final de vida, em meio às atrocidades cometidas na 2ª Guerra Mundial. Seu elogio ao país foi o profético início de uma era de crescimento do nome Brasil no mundo.
Carmen Miranda tinha tudo para ver, no Brasil de ontem a Colônia que Portugal – sua pátria – descobrira, nada que pudesse parecer um lugar para o seu futuro.
Mas o Brasil da época, há quase 90 anos, fascinou-a e facilitou-lhe o sucesso artístico, pois aqui foi ela a artista mais bem paga durante uma década, verdadeiro passaporte para mais uma década e meia nos Estados Unidos, onde foi sempre líder entre os maiores “cachês” femininos de então.
Claro que todos nós, aqui nascidos ou criados, já sabemos que entre os sete países que hoje lideram o Mundo, o Brasil é um dos três autossuficientes em petróleo, o que quer dizer, futuro garantido em produção e emprego por, pelo menos, o tempo que já existimos como país, ou seja, outros 190 anos.
Estamos cientes que, maiores do que as nossas reservas de petróleo só mesmo as nossas bacias fluviais, com o produto que dentro de poucos anos valerá ainda mais que o petróleo. Ou esquecemos que este século XXI já foi recebido como o da Valorização da Água Potável, benesse que nos coloca, outra vez, entre os três maiores do mundo, com muita folga?
O que? Você diz que na sua região há racionamento d’água, especialmente de água potável?
Não aceite isso, mesmo que seja em Bagé, por exemplo, onde certamente existem jovens cheios de vontade de pesquisar e dar um fim a esse tormento, faltando-lhes, talvez, apenas apoio financeiro e oportunidade para isso.
Coloquem os 10 melhores alunos dos Cursos Secundários e Universitários de Bagé nas cidades do mundo que estudam como aperfeiçoar o planeta, e eu lhes dou a certeza de que o termo “racionamento d’água” será erradicado do vocabulário, em Bagé e em todo o Brasil. É só uma questão de gerência.
Ou ainda: transformem Bagé em uma Cidade de Pesquisa Permanente sobre o tema e logo surgirão verbas e condições para pôr fim ao tormento que impede felicidade completa em um município tão generoso, histórico, fraterno e rico.
Israel tem menos de 10% do território gaúcho e dentro de suas fronteiras ainda convive com o deserto de Neguev, que ocupa quase toda a região sul do país.
Mesmo com as dificuldades mencionadas, Israel alimenta população superior à metade da gaúcha com as suas culturas irrigadas que eles, israelenses, desconheciam ser impossível fazer, por isso foram lá e fizeram: água na área do deserto!
O Brasil é o País do Futuro que já chegou, porque está se moldando a ele, muito embora a gente ainda pense que podia ser melhor.
Moro no Brasil e procuro saber tudo o que se passa, aqui, hoje, mas tenho ideia e memória para saber que é possível melhorar a qualidade de vida de todos.
E mais ainda: que é impossível comparar épocas e gerações, até pelos desafios e limites do ontem e facilidades e sede de saber do hoje.
É preciso – e possível – movimentarmos iniciativas, como o já citado estudo sobre a água, para facilitar que as inteligências certas estejam e trabalhem nos lugares certos.
Lá pela década de 90 do século passado, lutamos inúmeras safras para superar os 81 milhões de toneladas de grãos. Hoje, já ultrapassamos – no mínimo, uma vez – os 135 milhões de toneladas. Aposto que, se houver um acompanhamento mais de perto e um sistema similar ao que existe no fumo – há mais de 100 anos – até 2018 estaremos superando os 200 milhões de toneladas de grãos/ano.
Ainda a caminho do futuro: está cada vez mais presente, no RS, a Regionalização da Saúde, batalha à qual estamos ligados há quase 20 anos, única maneira de garantir tratamento adequado e de urgência a todas as regiões. Menor distância até o hospital, melhor atendimento e garantia ao paciente.
Era difícil ser um dos três maiores fabricantes de aviões, do Mundo?
A Embraer aceitou o desafio e chegou lá.
Era impossível fabricar o melhor aço e competir com a Europa, a Suécia em especial?
A Gerdau não só chegou lá, como, em qualidade, já “dita cátedra”(ensina), até mesmo lá.
Descobrir petróleo a mais de 6 km de profundidade, no oceano? Brasil.
Extraí-lo nesta profundidade? Só o Brasil.
Você sabe que há centenas de empresas, presididas por brasileiros, liderando ou tentando liderar mercados mundiais?
Universidades internacionais com diretores brasileiros?
Acredite: o Brasil é o país do hoje. Com problemas herdados do ontem, mas creio, com uma presidenta com experiência, qualificação, personalidade própria e, acima de tudo, sensibilidade para mostrar que tudo o que o Brasil necessita, para melhorar cada vez mais, é possível de ser feito.
Como sugestão definitiva, deixo a frase que seria de Buda: “Encontre um trabalho naquilo que você mais gosta de fazer. A partir desse dia, você jamais trabalhará.”
Até porque, você já mora no país em que a maioria da população mundial gostaria de morar.
E gostará mais, se você ajudá-lo a tornar-se um país ainda melhor.