Há cerca de um mês publiquei aqui mesmo, neste espaço, um comentário sob o título Quero trocar de carro. Era um desabafo. No texto relatei as agruras na escolha de um veículo diante de tantas alternativas. Era uma situação bastante diferente da época em que eu era jovem e gastava horas, em pleno sábado, lavando, polindo e enfeitando meu Fusca azul-turquesa.
Atualmente a diversidade de marcas, modelos, preços, opcionais e o volume de tecnologia embarcada nos carros atuais deixa confusos os candidatos a proprietários mais desavisados. A pesquisa é exaustiva, cansativa e exige paciência.
Como sempre acontece nos momentos de dificuldades, no entanto, são os verdadeiros amigos que aparecem como salvação. E neste caso não foi diferente. A velha amizade com os irmãos Enio e Elio Meneghini foi fundamental para o desfecho feliz na compra de um veículo novo. Os dois foram incansáveis na busca de opções que culminaram com um bom negócio. Para ambas as partes.
A negociação foi feita integralmente por telefone e através da troca de e-mails. Por uma transportadora os papéis foram assinados sem uma leitura mais detida, reflexo da confiança que me une à dupla dinâmica dos Meneghini. Eles, por sua vez, retribuíram à altura. Fizeram uma ótima cotação do meu veículo usado sem sequer ver ou examinar meu carro. Tudo na mais absoluta certeza de correção. O velho fio do bigode, a palavra empenhada, falou mais alto, facilitou a negociação.
Relatei esta incomum negociação com meus colegas de trabalho que ficaram de olhos arregalados:
– Tu é louco? Assinar em branco um financiamento e comprar um carro sem colocar os pés na loja? – indagaram de cabelo em pé.
Honestidade, correção e transparência são valores que recebemos de berço e que pautam nossa postura diária em todos os ambientes
Uma amiga de longa data, no entanto, ouviu atenta ao meu relato, pediu mais detalhes e fechou negócio com meus velhos amigos. Também pela internet e pelo celular. E não se arrependeu. De quebra, foi presenteada com uma simpática cesta com produtos “made in Arroio do Meio” de muito bom gosto. Produtos, aliás, de ótima qualidade, como eu também pude comprovar.
Conto esta história para demonstrar que neste mundo de tantas manchetes negativas, protagonizadas por espertalhões que adoram levar vantagem sem fazer força e explorar a boa-fé dos incautos, ainda existe muita gente boa. Com integridade moral e honestidade. Ao contrário do que aparece reiteradamente nos enredos das novelas – onde sempre há um (ou vários) espertalhão que fatura milhões usando artifícios ilícitos, golpes e explorando os desavisados.
Por compromisso com a verdade, devo acrescentar que todos os opcionais prometidos foram instalados no carro que encomendei. O prazo para a retirada foi rigorosamente observado. Por isso agora, ao invés de um confuso comprador, me transformei num feliz proprietário de um carro. Tudo graças à velha amizade de décadas que começou nos bancos do outrora Colégio São Miguel.
Assim como a dupla Enio e Elio Meneghini existem muitas pessoas “do bem” e “de bem”. Gente que aposta na justeza, na sinceridade e na correção dos negócios dos atos
Os pais dos irmãos Meneghini devem ter grande orgulho dos filhos que educaram. Graças aos valores ditados no berço hoje eles se constituem em empresários bem sucedidos, respeitados e que sustentam suas famílias com base na confiança dos negócios que realizam todos os dias.
E isso – como diz o comercial aquele – “não tem preço!”.