Finalmente o dia se aproxima. Domingo tem eleições. Os candidatos devem estar exaustos. Muitos eleitores estão, igualmente.
Podemos andar todos cansados, mas a campanha chega ao final deixando a certeza de que os tempos mudaram. E para melhor.
O período pré-eleitoral se encerra com avanços nítidos em relação ao passado. Anos atrás, nesta altura as ruas estariam um pandemônio. Haveria cartazes colados por tudo. Muros, paredes, calçadas, totalmente pichados. “Santinhos” espalhados no chão. Se, depois, entupissem bueiros, quem se importava? Anos atrás os candidatos tanto como os partidos não tinham preocupação com sujar e limpar. Aliás, não se pensava que largar papelada era uma violência contra a cidade. A prefeitura que se virasse para providenciar a limpeza…
Sim, os tempos mudaram. E para melhor.
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Verdade que não tenho acompanhado muito de perto, mas pelo que vi, o pessoal desistiu de sujar o ambiente – também em outro sentido. Em vez de poluir nossa paciência com gritos e acusações, ficou mais importante apresentar planos para o futuro.
Isto é mesmo um avanço. Uma campanha política não precisa valorizar o que é ruim na vida e nos adversários. Não precisa ser deprimente. Não precisa cultivar a ira e a maledicência. Pode renovar a esperança na capacidade de fazer mais e melhor. Uma campanha pode ser alto astral.
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Para nós, eleitores, o desafio permanece aberto até no domingo. Votar em quem?
Penso que nosso compromisso com a comunidade manda escolher com todo cuidado. Provavelmente, vale também aqui a antiga receita: “amigos, amigos; negócios à parte”.
Não será a simpatia, a beleza ou o “cacau” que vão decidir nosso voto. Não se trata de escolher entre os bons e os maus. Ao que parece não há malfeitores pleiteando cargos nas nossas cidades. Como regra, os caras são boa gente, tem boas intencões. Pois é. Então, votar em quem?
Minha opinião é a seguinte: escolher quem tem mais condições de promover o bem comum. Votar em quem é melhor.