Vale do Taquari – A terceira edição da Feira Nacional de Máquinas, Equipamentos, Produtos e Serviços para a Agroindústria Familiar (AgroInd Familiar 2013) foi adiada para 2014 por falta de confirmação de apoio administrativo do governo federal. A indefinição quanto à sua realização ficou evidente em reunião realizada no dia 21, na sede da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), entidade promotora da feira. Segundo lideres, há o risco do adiamento se prolongar até 2015.
Conforme os organizadores, a Agroind precisa de confirmação da parceria administrativa e financeira de órgãos públicos e de economia mista federais e estaduais. Há o interesse de setores isolados, ligados ao agronegócio familiar, de promover a feira. Porém, o apoio que podem prestar não é suficiente para garantir a viabilidade do evento. O orçamento estimado pela Acil previa a utilização de R$ 900 mil para a realização do evento.
A Superintendência Estadual do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em meados deste ano, havia concordado, informalmente, que servidor dos seus quadros, lotado em Lajeado, local de realização da feira, assumisse a presidência da comissão organizadora desta edição.
O convite partiu da Acil, com apoio da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari devido ao papel destacado que referido servidor do Mapa tivera na comissão que organizou a edição anterior da AgroInd Familiar. Nos últimos 90 dias, contudo, a Superintendência Estadual do Mapa negou a autorização. Assim, falta tempo hábil para a designação de nova liderança e o tempo de organização do evento é escasso.
“Esta feira caracteriza-se por ser uma ação de governo, assumida e empreendida por entidade privada, e por isso precisamos do apoio concreto de todas as esferas governamentais”, explica Oreno Ardêmio Heineck, vice-presidente de Integração Regional da Acil e presidente das duas primeiras edições da AgroInd. Adianta que já foi encaminhado pedido de liberação do servidor ao ministro Mendes Ribeiro Filho, o qual, como deputado federal, prestou apoio na viabilização das primeiras duas edições.
Subvenção total
Devido as suas características, a primeira edição da AgroInd foi deficitária, enquanto a segunda trabalhou com orçamento ajustado. “Não há garantia de sustentabilidade para a terceira edição e sua não realização seria uma lástima devido ao ineditismo na promoção e o fomento que promove no segmento alvo”, alerta Heineck. A feira tem um orçamento elevado por apresentar como característica a subvenção total dos expositores das agroindústrias familiares, que ganham o espaço, transporte até Lajeado, a hospedagem e alimentação.
Segundo ele, com este perfil, o evento necessita de parceria financeira de órgãos públicos e de economia mista federais e estaduais. Há o interesse de setores isolados, ligados ao agronegócio familiar, de promover a feira. Porém, o apoio que podem prestar não é suficiente para garantir a viabilidade do evento.
Estrutura do Parque do Imigrante
Outro ponto debatido pelos líderes da Acil foi a precariedade da estrutura do Parque do Imigrante, que recebeu críticas durante a realização da Expovale 2012. “Precisaremos também do apoio integral da nova Administração Municipal para termos os pavilhões em condições de receber grandes eventos”, depõe Alex Schmitt, vice-presidente de Eventos da Acil.
Busca por mais apoio
Nas próximas três semanas, os líderes empresariais pretendem manter reuniões locais e também contatos com representantes de órgãos de governo para buscar alternativas que garantam a realização do evento. “A feira atende um segmento importante da nossa economia. Queremos promovê-la. Porém, precisamos do apoio forte e claro dos órgãos governamentais, com o aporte dos recursos necessários”, enfatiza Ronaldo Zarpellon, presidente da Acil.