Acabo de ler uma reportagem sobre longevidade. Saiu na revista ALFA deste mês de fevereiro. Fala de uma pesquisa conduzida durante 90 anos nos Estados Unidos. Começou em 1921 por iniciativa de um médico, o Dr. Lewis Terman. Depois que ele morreu, em 1958, seus assistentes (e os assistentes deles) continuaram o trabalho, até chegar à publicação dos resultados em 2012.
A pesquisa consistiu em acompanhar um grupo de 1500 crianças desde a infância até a morte delas. O objetivo era procurar os fatores que podem determinar uma vida mais longa.
Entre os resultados encontrados, destaco alguns pontos decisivos
para a longevidade:
1. Não se aposentar nunca. A comparação entre pessoas da mesma idade mostra que quem se aposentou está pior. Não é
preciso trabalhar como louco. O importante é ter um compromisso regular. Assistir TV não conta.
2. Não ser otimista demais. Os muito otimistas não enxergam os riscos, planejam pouco, deixam de consultar médicos. Além disso, ficam devastados quando alguma coisa dá errado.
3. Sair de casa, encontrar amigos, conversar com pessoas é fundamental. Como sabemos, a poltrona fica cada vez mais
tentadora à medida que a idade avança, mas o que se recomenda é botar o pé na rua, ter vida social.
4. Não adianta ter amigos legais. É preciso ter amigos saudáveis. Assim como é melhor se cercar de magros para emagrecer, a receita é achar uma turma saudável. O mau humor e a burrice são tão contagiosos como a gripe.
5. Não confiar na genética. Se o avô viveu 90 anos, é bom descobrir de que modo ele vivia e imitar, em vez de simplesmente confiar que o fato vai se repetir com você.
6. Não acreditar que uma vida sem esforço favorece a longevidade. Ou seja, nada é melhor do que se puxar, aprender coisas novas, desafiar os próprios limites.
7. Conviver com crianças. Amar as crianças. Isto mantém a pessoa sintonizada com o mundo e mais a fim de continuar vivendo nele.