No ano de 2006, o governo brasileiro comunicou que havia descoberto uma camada de sal, com cerca de 3.000 a 5.000 km quadrados de espessura, sob a qual encontrava-se uma jazida de petróleo, na região oceânica localizada entre o norte de Santa Catarina e o Centro do Espírito Santo.
Com o nome de Pré-Sal, essa nova riqueza de um país já rico em natureza corresponde a uma reserva de 90 bilhões de barris, capazes de elevar nossas jazidas de petróleo do 13° para 4° lugar no mundo, ao lado da Arábia Saudita, Irã, Iraque e Kuwait e superar os Emirados Árabes Unidos.
Representante de duas palavras mágicas – Petróleo e Esperança – o Pré-Sal invadiu a mente e o coração dos brasileiros, principalmente por demonstrar que havia chegado para vencer a luta contra um temido inimigo de todos: o desemprego. Com a força de seus 160.000 km quadrados (800 km x 200 km), a nova descoberta pode acrescentar ao Brasil, com o tempo- pelo menos é o que pensamos até hoje- a fantástica soma de US$ 9 trilhões de dólares, valor que, à época, ficava muito próximo ao PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos, líder absoluto no que se refere à economia do planeta.
Formada de 250 a 65 milhões de anos, a camada do Pré-Sal abrange as Bacias de Santos, Campos e Espírito Santo e parece ter chegado “sob encomenda” para possibilitar um futuro ainda melhor para uma população de mais de 190 milhões de pessoas, a maior parte nascidas neste país mas, em significativo percentual, aqui chegadas por sua própria escolha e determinação.
O Brasil, nacionalidade da maioria e sonho dos que o escolheram, foi descoberto no ano de 1.500, mas foi em 1822 – a 07 de setembro – que transformou-se em país, graças a D. Pedro I.
Império, no início, chegou à República em 15 de novembro de 1889, ou seja, 389 anos depois de seu descobrimento.
Conforme a história do Petróleo no país, a 1ª jazida petrolífera aqui encontrada data de 21 de janeiro de 1939, na localidade de Lobato, na Bahia. Detalhe muito especial: o nome Lobato teve e tem tudo a ver com Monteiro Lobato, escritor nascido em Taubaté (SP).
No ano de 1932, Lobato retornou dos Estados Unidos e, no mesmo ano escreveu América, livro sobre Petróleo e aço, que no entender do autor poderiam transformar o Brasil em uma potência mundial, justamente o que havia acontecido com os americanos.
Em 1935, Monteiro Lobato escreveu a Getúlio Vargas, então Presidente brasileiro, e em 1936 publicou O Escândalo do Petróleo, no qual indica a necessidade de garantir a exploração do óleo por empresas nacionais, obra de sucesso que determinou, inclusive, o nome de Lobato, para a 1ª localidade onde o Petróleo jorrou.
A briga Brasil x Brasil organizou-se já neste século, com os estados brasileiros que recebem Royalties por contarem com o Petróleo em seus territórios.
A lógica é lógica, se permitem; o termo Royalty, significa “do Rei”, “do Presidente”, ou “do Inventor”.
Nada a ver, portanto, com os estados brasileiros que hoje ameaçam inclusive tomar atitudes agressivas para defender sua demanda.
A palavra Royalties, plural de Royalty, utilizada e conhecida mundialmente, quer dizer, no caso do Pertróleo brasileiro, “do país”, já que há 191 anos somos um país e há 114 anos uma República Federativa, composta por 26 estados e 1 Distrito Federal.
Todos somos donos do Petróleo, que servirá para garantir o futuro de um país – continente. Que fique a tentativa dos que já recebem, mas prevaleça o direito de todos.