Mais uma vez a Gincana The Horse sacudiu Arroio do Meio. Isso acontece ano após ano, há 21 anos, sem interrupção. Não é pouca coisa. A maioria das empresas, a maioria das iniciativas não dura a metade do tempo. A maioria desconhece um sucesso tão retumbante.
Não são de estranhar por isso as declarações que o coordenador da Gincana, Clovis Casotti, fez à imprensa. Ele disse: “Nós crescemos muito nesses últimos anos. Para continuar assim, teremos de passar por um processo de profissionalização e de evolução.”
Tem razão o Clovis. Quem pára não fica simplesmente no mesmo lugar. Quem pára anda para trás, pois todo o resto caminha. A mudança se impõe para quem quer permanecer vivo. A própria natureza ensina que a transformação é o primeiro sinal da vitalidade de uma planta, por exemplo. De outra parte, nós comprovamos que um bebê é saudável, quando ele evolui, vai mudando a cada dia que passa.
Sim, eu sei que todo mundo diz que em time que está ganhando não se mexe. Mas isto só é verdade durante uma curta fase. Dali a pouco a troca se impõe. Se o treinador não vê isso, é ele quem acaba dançando.
* * *
Ou seja, não é preciso temer a mudança.
* * *
Não sei em que exatamente o Clóvis Casotti pensava, quando dizia que é hora de evoluir. Isto não me impede de enfiar no assunto a colher. Em primeiro lugar, penso que a comunidade inteira pode prestar mais atenção ao evento. A Gincana ficou uma coisa muito grande e tem chance de se tornar ainda maior. É uma competição e é uma festa. Depois de 21 anos, já quase integra o DNA de Arroio do Meio.
Muitos municípios quebram a cabeça para criar um evento que possa envolver a comunidade e chamar gente de fora. Pois o nosso evento não precisa ser inventado por nenhuma agência de publicidade (contratada a peso de ouro). Ele já existe de fato. E está no coração das pessoas.
* * *
A dificuldade que agora se põe é saber como, onde, quanto mudar.
Inteligência nunca faltou ao The Horse em todos estes anos de consolidação da Gincana. Tenho certeza de que também não faltará neste momento.