Transcorreu no dia 11 de agosto o Dia do Estudante. Embora os jornais mostrassem festas aqui e ali, não me pareceu que fossem comemorações suficientes. O destaque poderia ter sido bem maior. E por várias razões.
Em primeiro lugar, porque este país precisa de gente – muita gente – preparada para construir o futuro com que sonhamos. E a escola ainda é o melhor lugar para preparar gente; os estudantes, por sua vez, continuam sendo o símbolo máximo da esperança de dias melhores.
A escolaridade média da população brasileira é baixa em relação à dos países avançados. O nível de aprendizagem, idem. Isto mostra que temos de fazer um belo esforço para tirar a diferença.
Vivemos a era do conhecimento e o trem passa em cima de quem não embarca nele…
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Mas a comemoração do Dia do Estudante, se fosse pelo meu gosto, deveria enfatizar ainda outra coisa. Qual seja: o direito que tem toda a criança de ser obrigada a estudar a sério. Isto mesmo! O direito de ser obrigada a estudar e a estudar bastante. Penso que os jovens, ao menos aqueles que têm oportunidade de frequentar aulas, devem reconhecer sua responsabilidade. Eles têm de ser levados a assumir o estudo como um dever pessoal e patriótico. Gostando muito ou nem tanto, aos jovens cabe perseguir a melhor formação possível.
E que se diga também: entre os atributos de uma população bem formada se encontram a disciplina e a persistência, não apenas a capacidade de fazer contas e de conjugar verbos…
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Claro que a sociedade deve oferecer escolas bem organizadas, com material adequado nas bibliotecas e nos laboratórios, com pátio bem cuidado e limpo, com professores dedicados e que se fazem respeitar. A sociedade tem obrigações, sim. Mas não só ela. O que eu quero enfatizar aqui é o lado do estudante. Espera-se que também o estudante faça a sua parte – mesmo quando não encontra na escola as condições ideais. Sobre o estudante pesam compromissos também. Esta pode não ser uma afirmação agradável, mas é perfeitamente real.
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O futuro do Brasil depende muito da qualidade da formação das novas gerações. Espera-se que os jovens deem uma resposta à altura.