Vale do Taquari – Os condutores de veículos motorizados que transitam pelas rodovias da região se queixam da degradação das condições nos últimos meses. A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) assumiu as três praças de pedágio instaladas na região em junho e mesmo com o decréscimo das tarifas, já sofre críticas sobre a manutenção do asfalto.
A direção da EGR disse que as condições das rodovias estão mais precárias do que foi apurado em estudo feito em 2012. Entretanto, nos dois primeiros meses de cobrança, a estatal arrecadou R$ 2,9 milhões e gastou pouco mais de R$ 623 mil em manutenção, e com pagamento de funcionários e outros custeios administrativos.
Até agora apenas serviços de tapa-buracos foram realizados, mas existe a promessa da intensificação de investimentos a partir de setembro. A aplicação dos recursos será discutida com os Conselhos Comunitários das Regiões das Rodovias Pedagiadas (Corepes).
O objetivo principal dos conselhos locais é transmitir os anseios de cada região à direção da EGR e debater com a estatal o direcionamento dos investimentos. Eles terão caráter consultivo, e não deliberativo, como pleiteavam alguns líderes regionais. Cada conselho será composto por 16 titulares, com mandato de dois anos e perspectiva de apenas uma reeleição. Ninguém será remunerado. A intenção é criar todos os conselhos até o fim de setembro.
EGR é uma idealização do Estado, tendo em vista que empresas públicas operam com mais agilidade em comparação com departamentos e outras autarquias, onde as licitações e liberação de recursos são mais burocráticas.
INDIGNAÇÃO – As mesmas chuvas que provocaram a enchente entre os 24 e 26, também deixaram evidências da precariedade das condições das rodovias. No início da semana dezenas de motoristas reclamaram de danos causados por buracos em seus veículos.
Uma borracharia situada no Centro, atendeu pelo menos 15 veículos que passaram por situações semelhantes. O custo dos prejuízos chega até R$ 600 por pneu, dependendo do modelo e aro, de acordo com o borracheiro.
No meio da semana, uma empresa terceirizada providenciou reparos mais contundentes. Porém, a forma que os serviços foram executados deixaram margem para críticas mais acentuadas. “Estavam com um caminhãozinho sem sinalização e os operários tampavam buracos com um material paliativo com próprias botas sem equipamentos de segurança. Mesmo com a redução das tarifas o custo para dirigir está mais caro, e pode impactar nas próximas eleições”, opinou um usuário.
A mesma situação já foi abordada pela reportagem do AT no início de julho. Na ocasião, alguns dos prejudicados, ingressaram na justiça contra a EGR. Os processos continuam em andamento.