Já devo ter falado aqui sobre essa experiência, alguma vez. É um fato que me impressiona muito. Aconteceu de verdade. E dá o que pensar. Por isso, repetir vale a pena. Ainda mais agora, quando o início do ano escolar se aproxima. Pois lá vai o caso:
Uma Universidade nos Estados Unidos realizou um experimento com alunos de escola, crianças entre seus 10 e 12 anos de idade. Os pesquisadores abordaram centenas de alunos, sempre pedindo que respondessem a um teste e escrevessem uma redação de X linhas sobre determinado assunto. O objetivo foi claramente comunicado às crianças. Os pesquisadores queriam identificar os alunos com maior potencial de aprendizagem e isso seria divulgado posteriormente.
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Depois de algumas semanas, os pesquisadores voltaram. Reuniram as crianças para a solenidade. Criaram certo suspense e, enfim, revelaram quais eram, dentre todos, os cinquenta alunos com maior potencial.
O anúncio causou surpresa. Entre os mais-mais estavam crianças que até o momento tinham passado quase sem ser notadas. Eram pouco interessadas nas aulas e medíocres nas suas notas. Ninguém teria apostado em ver seu nome na lista.
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Acontece que a pesquisa não era bem aquela que parecia. Não era verdade que os pesquisadores queriam identificar as crianças mais talentosas. Eles sequer tinham lido as redações ou corrigido os testes. Tinham simplesmente colocado todos os trabalhos num saco e tirado de lá, sem nem olhar, cinquenta trabalhos de cinquenta alunos diferentes. Ou seja, os nomes foram selecionados simplesmente ao acaso.
A pesquisa real vinha agora.
A partir do anúncio dos nomes, os pesquisadores começaram a acompanhar cuidadosamente o desempenho das crianças selecionadas e de seus colegas.
Não deu outra. As crianças identificadas como de grande potencial corresponderam àquela que acreditaram ser a opinião que outros tinham delas. Se até o momento não davam muita bola para os estudos, começaram a dar. Afinal, seu nome tinha sido destacado entre centenas de outros. Vai ver que elas tinham mesmo capacidades especiais. Acreditaram e deram tudo de si.
No final da pesquisa ficou constatado que, de fato, as tais cinquenta crianças eram muito talentosas.
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Você compreendeu o significado da pesquisa. É isto mesmo. O talento tem muito mais chance de desabrochar, quando a gente sente que acreditam em nossa capacidade.
