Arroio do Meio – Nenhuma proposta de compra foi apresentada aos bens da massa falida da Calçados Majolo, em leilão realizado nas dependências do Depósito Judicial em Estrela (na Estrada Trans Santa Rita), na quinta-feira passada, 13 de março .
Mesmo com a redução do valor de agosto de 2012, de R$ 4,7 milhões para R$ 3,5 milhões, o conjunto dos bens estruturais não foi vendido. Nem na segunda tentativa, proposta pelo leiloeiro Luciano Scheid à 60% da avaliação, R$ 2,065 milhões. Apenas um “olheiro”, representante de um grupo de empresários participou do ato.
A falta de interessados desanimou os administradores judiciais, Evandro Weisheimer e Henrique Piccinini. Em tese um novo leilão só pode ser marcado após outra reavaliação dos bens, ou alterações nas negociações. Entretanto, a última reavaliação foi feita recentemente em outubro/novembro de 2013, fato que pode promulgar uma nova data para a venda.
Os atos oficiais do leilão agora serão encaminhados ao poder judiciário e Ministério Público, que definirão nova data e modalidades de venda. Fontes liga das a investidores apontam que a acessibilidade logística, a necessidade de manutenção e vigilância são vistos de forma negativa.
Os bens contemplam área total de 10.000 m², e as edificações, a 8.335m², contendo escritórios, pavilhões industriais e refeitório, além de móveis de refeitório, material de informática e diversos móveis e equipamentos de escritório (total de 9 lotes – incluindo o imóvel).
Os demais bens da falida empresa já foram vendidos e possibilitaram o pagamento aos fornecedores do período da recuperação judicial, aos bancos pelo valor do adiantamento de contratos de câmbio para exportação e 100 % dos créditos trabalhistas (R$ 7,2 milhões), além dos empréstimos consignados que os funcionários mantinham em folha de pagamento.
O trâmite do processo judicial em comparação com a falência de outras empresas é considerado célere. Contudo, a venda dos bens remanescentes mal dará para pagar o fisco. A Calçados Majolo deixará na praça uma dívida superior a R$ 30 milhões. A falência da empresa foi decretada em outubro 2009.