No feriadão de Páscoa viajei com a família para Montevidéu, de carro, e percorremos 2.065 quilômetros, saindo pelo Chuí. É uma bela viajem, apesar de cansativa. Na ida foram 12 horas e no retorno foram 18 horas devido aos congestionamentos a partir de Pelotas.
As rodovias uruguaias são muito bem conservadas. Do Chuí a Montevidéu existem quatro pedágios ao custo médio de 70 pesos (7 reais), que podem ser pagos com a nossa moeda, mas o troco é em pesos. A capital do Uruguai é acolhedora, as pessoas hospitaleiras e logo na chegada um motorista se dispôs a nos levar até o hotel onde ficamos hospedados.
A rambla, avenida que margeia por mais de 20 quilômetros o rio da Prata, é deslumbrante. Existem quadras esportivas, academia a céu aberto, ciclovia, bancos para descansar, bares, marina e vários equipamentos. A via passa pelo Mercado do Porto, complexo de bares, restaurantes e lojas variadas que estavam superlotadas durante todo o feriadão.
No sábado à noite assistimos à estreia da turnê Out There, de Paul McCartney, no Estádio Nacional, com mais de 50 mil pessoas. Recomendo a quem puder o espetáculo do eterno beattle. Novas músicas, show de raio laser e o incomparável carisma, além do diálogo com o público, cativaram a todos que dançaram por quase três horas.
Também fomos a Punta Del Este, praia dos ricos, repleta de mansões, e coberturas espetaculares. Lá um imóvel modesto custa cerca de 1,5 milhão de dólares. Na chegada ao balneário dois locais obrigatórios: o mirante que permite uma vista deslumbrante da baia; Pouco mais adiante o Museu Taller de Casapueblo, do artista Carlos Paez Vilaró. Por 20 reais é possível vislumbrar obras incríveis, como pinturas e esculturas deste gênio uruguaio. Junto ao mar se ergue o Monumento Del Dedos, na Playa Brava. É uma escultura onde dedos de uma mão “brotam” da areia, atraindo milhares de turistas que registram a imagem.
O trânsito em Montevidéu é tranquilo, embora o uso do pisca-pisca não seja um hábito. Raramente se ouve o som de buzinas ou de um xingamento. Proliferam veículos velhos, fora de linha. Vi inúmeros Lada, veículo fabricado na antiga União Soviética, em precárias condições. Uma dica: para entrar no Uruguai e andar dentro da lei é preciso providenciar a Carta Verde, seguro válido em toda a América do Sul. Custa pouco e é obrigatório. Na aduana é preciso preencher um formulário simples. Na Sexta-Feira Santa os turistas ficaram até quatro horas na fila. Fomos na véspera e em 20 minutos fomos liberados. Em caso de dúvida, ligue para o Consulado do Uruguai em Porto Alegre. Atendimento eficiente, rápido e gentil.
Ficou curioso? Saiba que vale – muito! – a pena a viagem a Montevidéu. Em caso de dúvida, escreve para meu e-mail que terei prazer em ajudar.