Sem contar Argentina, Uruguai e Chile, os turistas brasileiros conhecem melhor os países distantes do que os vizinhos aqui da América. Por isso mesmo, um grupo de viajantes da Arroiotur teve muito para ver na vigem que fez ao Panamá recentemente.
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O Panamá é um país pequeno que está situado na parte mais estreita da América Central. Ocupa um território que não chega a ter a metade do tamanho do Rio Grande do Sul. Sua economia vai bem e ganhou um empurrão formidável a partir do ano de 2000, com a nacionalização do território do canal do Panamá, que antes pertencia aos Estados Unidos.
A capital, igualmente chamada de Panamá, concentra quase a metade da população do país. No total, o Panamá fica próximo dos quatro milhões de habitantes. A impressão que se tem sobre a capital é que ela está composta por três cidades. Primeira: a bela cidade antiga, dominada por prédios dos séculos XVIII e XIX, que agora se encontra em fase de intensa restauração. Segunda: a cidade moderna com edifícios luxuosos e gigantescos, onde vivem estrangeiros e ricaços. Terceira: a cidade dos trabalhadores panamenhos, que é a mais pobre e desordenada e não tem charme nenhum.
Os turistas, claro, ficam na parte moderna. Conhecem shopping centers, deslocam-se por autoestradas impressionantes e tem uma visão magnífica do oceano Pacífico Se não olharem muito, se ficarem só nos roteiros das agências de viagem, é capaz que saiam achando que estiveram no país das maravilhas.
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O canal do Panamá é um complexo de eclusas e lagos de mais de 80 Km de comprimento que opera as 24 horas do dia. Foi inaugurado há exatos cem anos. Permite a passagem de barcos e navios do oceano Atlântico para o Pacífico e vice-versa. Um navio leva mais ou menos oito horas para atravessar o canal e, em média, paga cem mil dólares de pedágio. Sem o canal, os barcos teriam de navegar milhares de quilômetros a mais e teriam um custo muitíssimo superior, de modo que o tráfego é sempre intenso.
Está prevista para o próximo ano a conclusão da ampliação do canal – uma obra que vai dobrar sua capacidade, permitindo a passagem de navios muito maiores do que atualmente é possível.
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Outra fonte de riqueza para o Panamá é o turismo. O plano do governo é atrair dois milhões de turistas por ano e, quando possível, fazê-los permanecer para sempre no país. Para isso implantou uma política destinada para atrair aposentados estrangeiros. Estes recebem visto de permanência desde que comprovem uma renda de mil dólares mensais.
Ao que parece esta política vem dando certo. De acordo com publicações especializadas, o Panamá está no topo da lista dos melhores países do mundo para os aposentados viverem.