Dias destes, participando de uma cerimônia na qual foi entoado o hino nacional, ao ouvir e pensar em alguns trechos, tais como “mas se ergues da justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge à luta…” lembrei da situação financeira do nosso Estado, de Brasília e do mensalão, petrolão, etc. e fiquei pensando, quantos não se revoltam, não uma chateaçãozinha qualquer, mas ficam realmente com raiva de trabalhar todos os dias e conviver com tamanha roubalheira e má gestão dos recursos públicos.
Louvável o trabalho da Polícia Federal, figurões antes intocáveis estão indo presos por um tempo. No Estado, com a economia que dói apenas na segurança pública, saúde e educação, somado ao aumento de impostos, revisão da previdência e etc., é possível que saiamos lentamente desta crise e equillibremos por um tempo as contas, mas, e daí?
Do jeito que vai, a única dúvida é quando virá à tona o próximo escândalo de corrupção e se vai ser maior ou menor que o anterior…
Lembro e, para quem não sabia informo, que na Suécia, por exemplo, somente o primeiro ministro tem motorista e que os membros do parlamento somente têm direito a utilizar um apartamento de um quarto (isso mesmo!) na capital durante a semana, quando ocorrem as sessões. Isso, numa nação rica de 10 milhões de habitantes e com empresas como a VOLVO, SCANIA, ELETROLUX, SAAB (aquela que desenvolveu os caças de última geração que o Brasil está comprando). Por aqui, experimente ter algum eco ao falar em acabar com certos privilégios excessivos concedidos a servidores públicos de todos os poderes, começando pelo mais alto escalão.
Em todo o caso, ainda que consigamos equilibrar as contas e levar à cadeia corruptos, do que realmente precisamos, ao invés de matar a cobra e mostrar o pau, é não deixar que as cobras se criem e nem que nasçam. É fazer o certo, preto no branco e não permitir que o parente, amigo, colega também não o faça. Criar esta cultura, fazer essa moda pegar. E esperar que desta luta nossos filhos não fujam, ó pátria amada!