Arroio do Meio – Mais de 350 pessoas assistiram a palestra A vida que você faz, apresentada por Gabriel Carneiro Costa, na terça-feira à noite, no Clube Esportivo Arroio do Meio. Organizada pela CDL local, a palestra motivacional propôs uma reflexão acerca do modo que cada um leva sua vida. Gabriel é formado em Relações Públicas e Personal & Professional Coach, pela Sociedade Brasileira de Coaching e tem desenvolvido uma série de estudos a respeito das relações humanas, felicidade, equilíbrio e sentido da vida.
A primeira reflexão da noite veio já nos primeiros minutos. Gabriel pediu que cada um pensasse qual seria a idade que gostaria de morrer e no número de anos que ainda teria para viver. Feito o cálculo, instigou para que cada um pensasse na pessoa/profissional que gostaria de ser nesses próximos anos. “Temos tempo para pensar e evoluir”, afirmou, ressaltando que a pessoa/profissional que se deseja ser depende exclusivamente da gestão de cada um.
Da mesma forma, ressaltou que não é o problema que define a vida de uma pessoa e sim sua postura frente a ele. “Quem é você diante do teu problema?”, questionou. Algo comum nos dias atuais segundo Gabriel, especialmente nos relacionamentos afetivos, é saber exatamente como o outro deveria ser. Contudo, é preciso olhar para si e pensar na pessoa/esposa/marido/pai/mãe que gostaria de ser. Mudar é possível, mas só a si próprio.
Para promover a mudança necessária é preciso, antes de tudo, acreditar que ela é possível. Neste sentido, o palestrante fez um estudo com o intuito de entender o que tem em comum as pessoas que chegam onde se propuseram a chegar. Elencou três aspectos:
– estado emocional de coragem – a mudança dá medo e todos têm medo. A educação recebida diz que ou se tem medo ou se tem coragem, como se fossem dois opostos. É preciso unir os dois: tenho medo e coragem. “Pessoas que chegam onde querem, assumem esse medo. Vai e faz com medo. O medo não vai passar”.
– disposição para deixar de ser – é se propor a deixar quem eu sou para me tornar quem eu quero ser. A maioria das pessoas quer chegar ao destino, mas não quer caminhar e deseja algo mágico. O atalho não existe. Para ter mudança é preciso mudar. A forma de ver a mudança pode ajudar a chegar no objetivo. Ao invés de vê-la distante, inatingível, que tal pensar que ainda não sou quem eu quero, mas estou deixando de ser quem eu era? Mudança é um processo que leva tempo e curtir o caminho também é importante. “A gente sempre olha quanto falta para chegar lá, mas quando chega o lá já não está mais lá. É o fluxo da vida. É preciso observar e saber reconhecer o quanto já andou, valorizar isso. […] O esforço é o caminho e ele não pode ser mais enriquecedor do que a conquista”, ressaltou Gabriel, observando que a nossa cultura supervaloriza o esforço, como se todas as conquistas devem resultar de grande sacrifício.
– pessoas precisam de pessoas – nada é feito sozinho, é preciso compartilhar, pedir ajuda.
Para o profissional, felicidade é um conceito individual e não existe fórmula da felicidade. Ser feliz dá trabalho, mas não quer dizer que doa. Contou várias histórias e relatou um trabalho realizado com doentes em estágio avançado do hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Descobriu com eles que os fracassos, ao se chegar perto do fim da vida, já não doem mais, são apenas lembranças. Mas as desistências, que envolvem amor, são as maiores dores e lamentações. E desistência não tem a ver com o ter, mas com o ser. Baseado nisso alertou para que o medo seja deixado de lado e que cada um faça as mudanças necessárias em busca da sua felicidade.
A palestra contou com o patrocínio da Sicredi Gente Que Coopera Cresce e Produtos de Limpeza Girando Sol e o apoio da Comercial Agrícola Maná, Magazine Marisa e Mototécnica Toninho.