Leio que o mercado de artigos de luxo está se expandindo no mundo, no Brasil inclusive. A informação pode ser conferida em vários sites, é só perguntar ao Google.
A propósito, se você pesquisar luxo, vai descobri que uma vida de luxo ultrapassa a capacidade de comprar bens caros. Uma vida de luxo vai ao ponto de caracterizar a casa – imagine a casa – em que há mais empregados do que moradores.
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Mas o que é luxo?
Se for para explicar o sentido da palavra, a gente quase se aperta. Como definir luxo?
Vamos ver. Daria pra dizer que o luxo é resultado da soma de uma coisa boa com um extra bacana. Esse extra seria, a rigor, algo desnecessário, mas é exatamente ele que produz o luxo.
Pensemos em um carro de luxo. Ele é diferente do automóvel comum. Além de transportar passageiros, como todos os carros fazem, este carro tem requintes que aumentam a beleza, o conforto, o desempenho e também o preço. Sim, aqui está um ponto importante. Luxo custa caro.
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Interessante reconhecer que o luxo mantém ligação direta com a vaidade e com a inveja. Quer ver? Não se vende muita roupa de dormir luxuosa. Sabe por quê? Se você comprar roupa de grife caríssima, você quer usar onde o maior número de pessoas veja. O quarto de dormir é pouco. E se tiver um carrão, vai dar uma banda onde ninguém possa enxergar? Bem capaz.
De onde vem esse impulso para se exibir e para exibir troféus? Freud explica. Diz que produzir inveja garante um prazer quase irresistível.
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Fico matutando aqui com os meus botões. Não haveria outras maneiras de entender uma vida de luxo? (E não sei se isto seria simplesmente um consolo para quem não pode pagar coisas caras…).
Será que daria para pensar em luxo também como um estado de paz? Um estado que encorajasse a gente a se perguntar o que está fazendo da vida e permitisse receber uma resposta bem boa, ou seja, uma resposta que não fizesse arrancar os cabelos? Ou luxo seria a capacidade de gostar das pessoas e de saber que as pessoas gostam de ter a gente por perto – ao menos, a maior parte do tempo…
Ah! E luxo também não seria a capacidade de cuidar de si mesmo, sem precisar de um batalhão de empregados por perto?