Arroio do Meio – Moradores e trabalhadores que utilizam o cruzamento da rua Presidente Vargas com a Helmuth Kuhn, do bairro Aimoré reclamam da falta de sinalização horizontal. A sinalização existe, porém não está bem visível e, em determinados trechos, está completamente apagada. Por outro lado, a sinalização vertical está em boas condições, mas é frequentemente desrespeitada por caminhoneiros de outros municípios que não conhecem o cruzamento.
Na última semana uma ciclista foi atropelada na rua Presidente Vargas quando retornava do trabalho. Maria Angélica Bildhauer Cadore, de 56 anos, teve morte instantânea depois de colidir com o caminhão bitrem proveniente de Pelotas. Conforme informações do motorista do caminhão, a ciclista se deslocava no mesmo sentido do veículo de carga, e nas proximidades do estacionamento de caminhões da BRF o condutor realizou a conversão à direita para entrar no estacionamento, atropelando a vítima.
Frentistas de um posto de combustível próximo ao entroncamento dizem que acidentes são comuns no local. Atribuem a falta de sinalização horizontal como a principal causa de acidentes. Revelam que o fluxo de caminhões é muito grande no entroncamento, em função do estacionamento da BRF.
Defendem a implantação de uma rótula para o local ou até mesmo uma sinaleira para reduzir os riscos de acidentes. O perigo é maior quando caminhoneiros que trafegam pela Helmuth Kuhn atravessam a Presidente Vargas sem parar na placa de Pare, entrando direto na via que dá acesso ao estacionamento, uma vez que não conhecem o cruzamento. “Presenciamos vários acidentes. Há poucos dias o condutor de uma carreta cortou a frente de uma motocicleta que vinha em alta velocidade. A condutora bateu no pneu da carreta e caiu. A sorte que o motorista do veículo de carga viu e parou. Caso contrário seria outra tragédia”, disse um deles.
Outro morador que não quis se identificar, disse que a rua é mal sinalizada em diversos trechos, revelando que o problema maior é a falta de sinalização horizontal longitudinal que separa as duas pistas de rolamento. “Também existem vários buracos nessa pista devido o forte trânsito de veículos”, salienta.
O assessor jurídico da prefeitura, Leandro Toson Caser diz que o acidente foi uma fatalidade e não tem relação com a sinalização e condição da rodovia. Afirma que o local é bem sinalizado e lamentou que algumas pessoas tentam atrelar o acidente com as condições da sinalização que são boas. “Ela não caiu devido a nenhum buraco ou a irregularidades da via, muito menos pela falta da sinalização. Motorista e ciclista se deslocavam no mesmo sentido. Na preferencial. Foi uma fatalidade”, explica o assessor.
Caser observa ainda que reclamações, caso existam problemas na sinalização, devem ser feitas no Departamento de Trânsito do município, para que o mesmo tome as providências cabíveis. “Lamentamos muito a morte dessa senhora. Mas atrelar a sinalização com a tragédia é algo lamentável e que não condiz com a realidade”, finaliza o assessor.
A vítima
Maria Angélica morava no bairro Aimoré e era viúva há dois anos, e dessa união tinha dois filhos. A industriária que trabalhava há aproximadamente 30 anos na Minuano foi velada na comunidade Cristo Rei no bairro Aimoré e enterrada no cemitério Bela Vista no sábado pela manhã.