Respeitando o calendário eleitoral, o ex-prefeito Sidnei Eckert confirmou ontem, que irá se desincompatibilizar do cargo que ocupa no Departamento Nacional de Produção Mineral até o dia 6 de abril para se habilitar e concorrer a uma vaga, pelo PMDB, na Assembleia Legislativa nas eleições do dia 7 de outubro. Faltando seis meses para o pleito, continuam as indefinições sobre candidatos a cargos de presidente, governadores, deputados e senadores. Eckert disse que está fazendo um trabalho há mais tempo e embora a campanha seja mais difícil para quem é novo, está sendo muito bem recebido por parte do eleitorado. Em termos de região, tem articulado apoios porque a comunidade sente falta de um representante mais identificado com o vale, como já ocorreu com deputados daqui, que tiveram mandatos como foi o caso do Antônio Lorenzi, Erny Petry, Hélio Musskopf, Delmar Schneider (principalmente primeiro mandato). Sidnei Eckert que foi vereador e prefeito de Arroio do Meio por dois mandatos, aposta num apoio expressivo da região para ser interlocutor dos interesses do Vale do Taquari em áreas como Obras, Desenvolvimento Econômico Regional, Saúde, Agricultura. “Conhecendo as necessidades e realidade de cada município, fica muito mais fácil defender os interesses dos hospitais, cooperativas, empresas e outras instituições que apresentam problemas recorrentes”, defendeu.
Tolerância e amor
Há muito tempo que a crise social e política, que reflete na segurança pública requer uma atenção por parte do Estado, instituições e famílias. No ano passado, o Brasil teve o maior número de mortes violentas do mundo. Fala-se, em torno de 70 mil óbitos o que equivale a 12,5% do total de registros no planeta. Em termos absolutos, segundo noticiado no final do ano passado, a violência no país superou a da Índia, Síria, Nigéria e Venezuela.
Em 2018 parece que há uma conscientização pública maior da necessidade de fazer algo contra o avanço da insegurança, tanto que diversas ações estão em andamento a partir do governo federal. Claro que não se pode ignorar que estamos num ano eleitoral, e uma agenda neste sentido, chegou até tarde.
Independente de ações públicas, em torno da violência urbana e social, também assusta a violência nas relações familiares. Mulheres, jovens e crianças continuam morrendo no círculo familiar. É uma epidemia assustadora que tira vidas de forma inesperada. São pais que perdem os filhos para a droga ou em acidentes de trânsito. Homens que matam as namoradas e mulheres, em nome de falso amor. Pais omissos no envolvimento e crescimento dos filhos. Mães sobrecarregadas de trabalho e responsabilidades. Muitos casamentos desfeitos por traições e falta de respeito.
É difícil fazer um diagnóstico sobre a violência, mas existem pequenos gestos e atitudes, principalmente nas relações familiares ou grupos, que promovem melhor convívio através da tolerância, compreensão, respeito. Principalmente pelo diferente, ou ajudando quem mais precisa.
Suely Buriasco, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, diz que a tolerância não pode ser confundida com aguentar ou suportar alguém ou uma atitude, mas aceitar diferenças de comportamento, crenças e ideias alheias.
A tolerância nas relações familiares compreende o entendimento de que é possível conviver e respeitar o outro de forma sincera. Entre outros aspectos, ela diz que quando aceitamos opiniões diferentes da nossa, podemos aprender.
O respeito pelo outro parte do princípio de que não se pode humilhar, desprezar, ridicularizar o outro. A educadora diz que ao invés de “colonizar” a mente do outro é muito mais positivo influenciar pelo exemplo, pela coerência. Ser tolerante não é ser bobo, muito menos não ter opinião formada. Ser tolerante é aceitar a ideia do outro e promover o diálogo. O tolerante não se cala diante da injustiça, mas age de acordo com a sua consciência e avalia o contexto da opinião e das atitudes alheias e depois toma uma decisão.