Os dias que correm estão perigosos de fato. E nem me refiro ao avanço da bandidagem. Penso nos socos e empurrões na direção do consumo, que se abatem principalmente sobre as costas dos jovens. Parece quase obrigatório seguir a moda. Se a gente não usa a cor da estação, se a gente não atualiza o penteado, se a gente não pensa como todos… então não tem jeito. Fica fora do grupo. Fica fora da vida.
Parece que andamos todos de uniforme. Perigosamente de uniforme. O físico e a mente abotoados dentro do figurino, na onda da hora, e tangidos a trabalhar, para poder consumir. Às vezes sem nem saber o que é mesmo que gostaríamos de fazer da nossa vida, sem saber qual é a nossa opinião ou o que é mesmo que nós queremos.
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Eu não sou vendedora de livros, apenas sei que eles são fonte de ideias, eles podem colocar diante de nós outras opções de vida e de pensamento. A leitura pode nos ajudar a criar liberdade interior.
A liberdade interior permite inventar o jeito de viver que mais combina conosco.
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Livros são relativamente baratos. Com eles dá para formar um estoque de opções da vida, na contramão do bitola que está aí. Eles podem ajudar a sair do brete: este perigo de se desmanchar na manada.
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“Sua mente é a sua casa. Se for enchida com lixo, vai emporcalhar a sua cabeça. Você pode ser pobre, seus sapatos podem estar furados, mas sua mente é um palácio.” Estas palavras aparecem no livro “As cinzas de Angela”, de Frank McCourt.