O reajuste no preço dos combustíveis é algo que impacta diretamente no bolso da população. Entretanto é o diesel o principal responsável pela elevação do preço dos produtos no país em razão do sistema modal, predominante rodoviário. Um novo reajuste ocorreu essa semana e deve impactar em vários setores da economia.
O reajuste médio da gasolina e do diesel foi de R$ 0,05 por litro na maioria dos postos, em Arroio do Meio. Porém, alguns tiveram reajuste maior, chegando a R$ 0,10 por litro. Na tarde de quarta-feira, pelo menos um posto não havia repassado o novo valor para as bombas e o faria somente quando chegasse o novo carregamento de combustível.
Na pesquisa realizada na tarde de quarta-feira pelo AT a gasolina comum custava entre R$ 4,88 e R$ 5,14. Já a aditivada o preço variava entre R$ 4,98 e R$ 5,14, considerando que alguns postos ainda não haviam repassado o reajuste. O álcool, que não é vendido em todos os postos, custava no posto mais barato R$ 3,69 e no mais caro R$ 3,93. Da mesma forma, o reajuste do diesel não havia sido repassado ao consumidor em alguns postos do município, cujo preço variava entre R$ 3,46 e R$ 3,94. O diesel S10 tem como preço mínimo no município R$ 3,52 e máximo R$ 3,99.
Economia de 75%
Alexandro José Prediger, morador do bairro Aimoré, trabalha como representante comercial e roda em média 2.500 quilômetros por mês. Para economizar, a empresa na qual trabalha optou por renovar a frota e instalar nos veículos o Gás Natural Veicular (GNV), alternativa que reduziu consideravelmente os custos. Com o combustível considerado ecologicamente correto por poluir menos que os demais, Alexandro gasta R$ 350 por mês para percorrer os 2.500 quilômetros, uma economia de 75% se comparado com que gastava com a gasolina. Sobre a queda de potência do motor, o representante comercial revela que é pouco perceptiva pelo condutor. “Para percorrer essa quilometragem gastaria com gasolina R$ 1.040. Uma diferença muito grande”, pontua.
Gás de cozinha
Outro vilão é o gás de cozinha, que sofreu pelo menos quatro reajustes em 2018. O último deles há 15 dias. Em Arroio do Meio, o preço do botijão de 13 quilos, entregue em casa, custa entre R$ 78 e R$ 82. Já se o cliente for buscar na revendedora, o preço é mais em conta, custa entre R$ 70 e R$ 75. Ao ser reajustado o produto inflaciona, entre outros, prestadores de serviços como restaurantes, que repassam os custos, ou parte deles, aos seus clientes.
Porém para manter a clientela, Régis Ritt, proprietário de um restaurante do Centro de Arroio do Meio, optou em um primeiro momento, absorver os custos com o preço do gás que aumentou recentemente.
O valor com o insumo indispensável em seu estabelecimento gira em torno de R$ 2,4 mil por mês. Anteriormente o gasto era de R$ 2,2 mil. “Se em algum momento precisarmos repassar os custos, vamos ter que fazê-lo. Porém, vamos segurar os preços até onde der, pois sabemos que o momento é delicado”, observa.
Opção mais barata
Há pouco mais de um mês, Sabrina Tonini, deixou de frequentar o restaurante onde almoçava todos os dias. O motivo é o valor gasto com ela e a filha para fazer a refeição diária que girava em torno de R$ 30. Com um gasto mensal de R$ 600, a cuidadora de idosos optou por preparar o almoço em casa, o que reduziu a despesa em um terço. “Almoçando em casa gasto R$ 200. Economizo R$ 400 por mês que podem ser utilizados em outra coisa”.