O fato de a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça RS, acolher denúncia do Ministério Público, e manter a condenação, por unanimidade, do prefeito Genésio Roque Hofstetter e o ex-prefeito e ex-secretário de Saúde, Ricardo Rockenbach, da secretária Eloise Maria Zanatta e ex-secretária Maria Nadir Rockenbach e dois empresários do ramo farmacêutico, por crime de peculato entre maio de 2005 e dezembro de 2008 pode trazer mudanças significativas entre os nomes protagonistas das eleições municipais de 2020.
Os políticos condenados a quatro anos e seis meses de reclusão ainda aguardam a decisão do embargo de declaração. Se mesmo assim a condenação for mantida, pretendem recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF). A alegação é de que não havia alternativa para manter o programa para descontos nos medicamentos fora da Farmácia Básica, e que, nenhum órgão público, como Tribunal de Contas, deu orientações de como a Administração deveria ter agido.
No entanto, com base numa tendência nacional de que a Justiça Federal é ainda mais rígida que a 1ª instância, os principais protagonistas das últimas eleições podem ficar de fora do próximo pleito devido à Lei da Ficha Limpa. Este cenário abre brechas para outros nomes nos tradicionais partidos que já governaram o município e para uma terceira via que aposta na gestão mais desprendida de velhos vícios, acompanhando o movimento das urnas nas eleições presidenciais de outubro.
Contudo, a formação das coligações e escolha dos candidatos da chapa executiva vai depender de muita conversa, acordos, flexibilidade, sensibilidade e observação da vontade popular. Nos bastidores alguns nomes despontam como opções. Das pessoas com cargo no atual governo e ligações políticas com o PSB e PT são ventilados: Adriano Steffler, Cristiane Neitzke, Pedro Finger, Vilson Neitor Cornélius, Paulo Cezar Ahne, Sérgio Odilo Nied, Lari Hofstetter e Airton da Costa. Entretanto, algumas rupturas podem ocorrer durante reuniões partidárias devido a divergências.
Entre os oposicionistas são comentados os nomes de Sidinei Fussinger e Jonas Morari do PTB, Gilmar Southier, Ariberto Quinot, Orlando Ahne e Omar João Walter do MDB. Tiago Eloi Weizenmann e Dirceu Rockenbach do PP. Outros empresários e líderes políticos também são lembrados, mas estão neutros.