No mês em que se celebra o centenário de conclusão da Casa Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de Arroio do Meio, também se encaminham para o término as obras de melhorias internas e readequações de cômodos, iniciadas no começo do ano.
Um dos principais problemas era a infiltração a partir do solo, no andar térreo. Por isso, todo o reboco do andar foi substituído e as paredes, que chegam a ter 60 centímetros de largura, impermeabilizadas. A parte inferior das paredes, mais rente ao solo, passaram por uma avançada técnica de impermeabilização, no intuito de barrar a infiltração. Rodapés que estavam comprometidos também foram substituídos.
No segundo piso foram sanadas infiltrações em dois dormitórios. A reforma contemplou ainda reparos em calhas, aberturas e marcos. Na parte externa, foi feita uma nova calçada ao redor da casa e colocado piso para proteger as paredes. Todo trabalho teve a supervisão e o acompanhamento técnico do engenheiro civil Vianei Halmenschlager.
Com o objetivo de melhor aproveitar o espaço existente, houve readequações dos cômodos internos. A secretaria foi expandida, passando a usar toda a parte frontal. A transferência da cozinha para o segundo andar permitiu que fosse feita uma sala de reuniões e uma sala para atendimentos.
Para o pároco Alfonso Antoni, há duas motivações principais para a reforma. A primeira é a conservação do prédio, que guarda a memória da paróquia, da igreja e faz parte da história de Arroio do Meio. É um dos cartões postais do município, uma obra que precisa ser cuidada. A segunda é a readequação dos espaços para suprir as demandas pastorais de atendimento. “A Casa Paroquial é uma casa a serviço das comunidades. É moradia, mas antes disso é um espaço de articulação pastoral, de atendimento, onde é feita a parte administrativa da paróquia. É um centro de pastoral, por onde passa a organização de toda a paróquia. É um lugar de articulação, dinamização pastoral, encontros e reuniões. Muitas coisas passam pela Casa Paroquial e é importante que ela seja preservada e vista como a casa onde é gestada a caminhada da Igreja Católica em Arroio do Meio”, afirma o padre.
O salão de festas, junto ao salão paroquial, também passou por uma grande reforma, em praticamente todos os ambientes. Na área destinada ao preparo das refeições, a churrasqueira foi totalmente reconstruída e as paredes revestidas com azulejo. Também foram feitos dois banheiros pensando na comodidade de quem vai usar este ambiente.
O piso de todo o salão foi substituído e a parte inferior das paredes também receberam tratamento impermeabilizante. As portas e janelas foram trocadas. Foram instaladas portas antipânico, conforme exigência legal para este tipo de ambiente. E, para acomodar confortavelmente quem utilizar o espaço, foram instalados três splits de 29 mil BTUS. O salão de festas estará disponível para aluguel e comporta entre 150 e 180 pessoas. O investimento da Paróquia nas reformas ultrapassa os R$ 415 mil.
De modelo
Sobre a história da construção da Casa Paroquial não há muitos registros. Isso porque a paróquia, no seu início, foi administrada a distância, a partir de Lajeado, o que dificultou sua documentação histórica. O que há de certo é que a edificação da casa iniciou logo após a criação da paróquia em março de 1916 e foi concluída em dezembro de 1918. O registro que há, que data de 1º de agosto de 1918, na História Domus (A história da casa) e consta no livro Cultura, Sociedade e Igrejas: A Comunidade de Arroio do Meio Escreve Sua História, diz: “Na chamada Barra do Arroio do Meio, junto à nova matriz, foi construída uma casa paroquial, que sobressai por sua amplidão e comodidade, a ponto de poder servir de modelo”.
Mesmo sendo um imóvel amplo, são sete dormitórios, e que de alguma forma se destacava na região a ponto de servir de modelo, a Casa Paroquial só foi habitada em 1920. Para o professor Roque Danilo Bersch, que organizou o livro Cultura, Sociedade e Igrejas: A Comunidade de Arroio do Meio Escreve Sua História e tem feito inúmeras pesquisas para outras publicações, o fato de não ter vindo padres para habitar a casa logo após sua conclusão tem uma razão bem específica. De acordo com relatos orais, os jesuítas, ordem que atendia a paróquia na época, evitavam, sempre que podiam, morar sozinhos. Isso porque a ordem dos jesuítas preconiza a vida em comunidade, de preferência com estruturas da mesma congregação ao redor, o que não existia em Arroio do Meio.
Em 1919 houve uma grande enchente, o que dificultou consideravelmente o deslocamento para Arroio do Meio, já que na época não existiam pontes. Este teria sido um dos fatores que possivelmente desencadearam com a instalação de padres jesuítas na Casa Paroquial no ano seguinte.
Em 7 de março de 1920 foi empossado solenemente o primeiro pároco residente da paróquia, o padre jesuíta João Evangelista Rick. Com ele veio o padre Júlio Hornung, como vigário paroquial. Na época, eles também tinham a incumbência de atender a região de Bela Vista do Fão, hoje Marques de Souza.
Padre Alfonso celebra 25 anos de vida sacerdotal
No dia 6 de janeiro, o padre Alfonso Antoni reúne familiares e amigos na Aert, em Vila Teresinha, Venâncio Aires, para comemorar seus 25 anos de ordenação sacerdotal, transcorridos no dia 17 de dezembro. No dia haverá missa às 10h, seguida de almoço e animação musical à tarde.
O convite para participar é aberto a todos os interessados. Haverá condução saindo da paróquia e, para reservar o transporte e o almoço é preciso confirmar até o dia 1º de janeiro na secretaria ou pelo 3716-1045 ou 99935-3984 (whats). Para o transporte é preciso fornecer o número da carteira de identidade.