O tempo é de férias. Muita gente arruma as malas e vai. Aliás, tornou-se quase obrigatório passar uns dias fora de casa nesta altura do ano.
Nem sempre foi assim. Quando eu era criança, por exemplo, só ricos falavam em férias. A maioria de nós, no máximo, acampava no rio ou na casa de parentes. Por aqui, a indústria do lazer estava apenas começando. Acho que na altura também não havia tanto stress de que fugir. Por outro lado, bom lembrar que não havia dinheiro para fugir de nada. Além do mais, se fosse na roça, não se sabia como deixar certos trabalhos. Quem trataria os animais? Quem tiraria o leite das vacas? Quem abriria a porta do galinheiro?
Todas as tarefas dependiam do nosso trabalho. Empregados eram raros. Não havia máquinas. Cozinhava-se em casa, fazia-se o pão em casa, lavava-se a roupa no tanque. E tudo isso no muque.
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O assunto me ocorre no meio de uma ressaca de viagem. Acabo de retornar da Tailândia, um país do sudeste asiático, que, desafortunadamente, fica longe demais. De casa até Bangkok, a capital, são quase 20.000 Km.
Fora a distância, passear na Tailândia é uma delícia. O país se tornou um dos principais destinos turísticos do mundo. A situação econômica é boa; as exportações são volumosas: de produtos têxteis a artigos eletrônicos e as estradas fazem os brasileiros chorar de inveja (aliás, não é muito difícil nos fazer chorar de inveja, consideradas as condições das nossas…)
Pontos de atração na Tailândia são a história/cultura, a culinária, as belas praias e, por incrível que pareça, as massagens. A massagem tailandesa tem prestígio no mundo todo e eu também me apaixonei. Além disso tudo, os preços também atraem. Por exemplo, em restaurantes populares é possível almoçar por uns cinco ou seis reais. No quesito segurança, mais um ponto para eles. Ninguém tem medo de ser assaltado. Se isso acontece, os autores são provavelmente outros turistas…
Seja como for, o melhor de uma viagem é sempre a volta para casa e aqui estou. Ufa!