O conselheiro Rodrigo Schmitz, 32 anos, morador de Passo do Corvo, é responsável pela área de atuação que abrange os municípios de Arroio do Meio, Lajeado, Cruzeiro do Sul, Santa Clara do Sul, Mato Leitão, Venâncio Aires, Marques de Souza, Travesseiro e Forquetinha, que representam 525 associados e 12 delegados. No cargo há 30 meses, revela que o complexo avícola simboliza a realização de um sonho – o tripé agroindustrial da suinocultura, bovinocultura de leite e avicultura.
Segundo ele, os oito conselheiros e o conselheiro presidente, participaram ativamente da elaboração do projeto, juntamente com gerentes e colaboradores da área técnica, prevendo medidas, regras, ressalvas e ações. Essa polivalência de experiências entendeu que o modelo da produção em condomínios é positivo em inúmeras questões que envolvem o meio ambiente, rastreabilidade, biossegurança, bem-estar animal, conversão alimentar e, principalmente, em ganhos logísticos, que aumentam a competitividade. Além disso toda a área técnica e gerenciamento serão coordenados por profissionais altamente qualificados com anos de experiência na avicultura, minimizando riscos e perdas.
Na concepção de Schmitz, o novo modelo de investimento e forma de trabalhar também é um avanço em termos de cooperativismo, evoluindo de um cenário até então mais individualista para algo mais coletivo. “Os projetos são bem estruturados, feitos com os pés no chão, tanto é que bancos são os primeiros credores. O fato das negociações terem sido fechadas num período de retração da economia foi positivo na barganha de equipamentos e mão de obra. Estimamos que os investimentos se paguem em oito anos. Todos os associados tiveram oportunidade de participar. O modelo é interessantíssimo para pequenos produtores. De forma individual é praticamente inviável uma família investir na tecnologia Dark House. Este projeto oferece tecnologia de última geração”, dimensiona.
A fase atual é de contratações de funcionários para os condomínios que estão sendo concluídos. Os primeiros alojamentos ocorrem em meados de fevereiro. A previsão é de que todos os condomínios sejam concluídos até o fim de 2020, quando se poderá ter uma avaliação mais precisa em torno das operações e poderá se projetar a duplicação da capacidade de alojamento e produção. O planejamento das jornadas de trabalho dos funcionários e o respeito à Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), são tidos como importantes para segurança jurídica dos investimentos.
Schmitz também destaca a modernidade das fábricas de ração e a capacidade logística das plantas industriais situadas em Palmas, que contam com amplo pátio para estacionamento de caminhões, e crescimento estrutural. “Não deixa de ser um marco para a economia do município, possível, graças a visão dos gestores que pensaram no futuro. É bom para a Dália, que gera oportunidades para associados e trabalhadores, e riquezas para o município investir mais em qualidade de vida”, entende.
Rodrigo também observa a qualificação contínua estendida aos conselheiros, delegados, gerentes, associados e colaboradores da Dália Alimentos, por meio de uma infinidade de cursos, com livre acesso aos jovens e demais associados, e avanços na comunicação interna na solução de demandas específicas. “A maioria das situações são resolvidas imediatamente e questões mais complexas são levadas às reuniões bissemanais do conselho. A única coisa que temos certeza são as mudanças e precisamos saber qual rumo a cooperativa precisa seguir. O mercado quer produtos melhores e mais baratos, e nosso desafio será atender essas exigências”, conclui.