Em visita ao gabinete do Executivo de Arroio do Meio na segunda-feira, a vice-prefeita, Adriana Celestina Meneghini Lermen, se disse preocupada com impacto do isolamento social e das relações excessivamente virtuais na vida da sociedade. A maior preocupação é com jovens abaixo de 25 anos, que segundo ela podem estar perdendo o feeling das ruas e vida real, e se rendendo basicamente a estímulos (curtidas/kudus e etc) das redes sociais e ao sonho de serem influenciadores, que podem trazer abalos psicológicos em médio prazo. O ex-vice-prefeito e atual secretário de Administração, Áurio Paulo Scherer, foi ainda mais longe. Destacou o poder das mídias sociais, mas lamentou o despreparo dos brasileiros.
As redes sociais também foram abordadas nos bastidores da última sessão ordinária da Câmara de Vereadores em 20 de abril. Por algumas pessoas mais graduadas que ali estavam, foram avaliadas como ‘sem relevância’ em termos de referência oficial e credibilidade, cuja maioria dos conteúdos é analisada de forma muito superficial e esquecida quase instantaneamente.
Vejo que, apesar de muito usuais para determinadas finalidades, ainda são ferramentas em desenvolvimento e substituíveis. Tudo depende do horário do dia, e de que “buscamos” em cada momento. A nuvem para pesquisas é infinita, mas interpretativa. Não substitui a prática. Assim como “ser e ter”. Também é interpretativo e vago. Quase como a diferença tirar uma foto ou desenvolver conceitos (e muito mais que isso) para selfies e muitas outras coisas. Quem está tendo? Quem está sendo?
Para os iniciantes no mundo dos sonhos, nada mais verdadeiro do que uma enxada, machado, vassoura e etc… Tem gente que nunca vai precisar usar… Mas, melhor saber, do que não. Pelo menos, vai ensinar a direcionar bem a energia e aproveitar bem o tempo, que vale mais que dinheiro.
NOVOS PROTAGONISTAS X DOSES EXAGERADAS? – Às vezes a gente é sutil de mais. Às vezes pegamos muito pesado. Nem sempre acertamos a dose, o momento e a abordagem. Indo direto ao ponto, com relação aos “novos orixás/novos tempos e etc” abordados na coluna na semana passada: analisando a recessão e os problemas emocionais da sociedade, não há outra saída a não ser a qualificação. O carisma, a persuasão, gentilezas, o círculo de amizades e populismo não vão bastar para quem quer se manter vivo na política ou em qualquer outra frente – para o “circo” ter mais emoção também é preciso qualificar comédia, a guerra mental, e outras coisas interessantes para elevar a autoestima das pessoas. A maior parte da sociedade está dando um duro danado para se manter de pé e não vai entregar de bandeja parte do seu futuro na mão de quem não estiver comprometido e/ou não transparecer confiabilidade e capacidade nestes quesitos. Esse extrato é fácil de checar e analisar. Vai exigir propostas e estratégias mais convincentes. Abre nicho para novos protagonistas e ressurgimento de outros que, num momento, foram mal interpretados. A reciclagem é certa.
MAIS ANIMAIS ABANDONADOS – Um dos reflexos da pandemia, de acordo com constatações do Departamento do Meio Ambiente, Vigilância Sanitária e voluntários da causa animal em Arroio do Meio, é o aumento do número de cães e gatos abandonados nas ruas. Um dos motivos pode estar ligado à queda do orçamento das famílias e da dificuldade em manter a alimentação, higiene e sanidade dos bichinhos. Por força de lei, o município só pode contratar seis castrações semanais, mas está em estudo o aumento deste limite. Conforme o fiscal Leonardo Dalmolin Matzenbacher, as famílias de baixa renda podem cadastrar seus animais no Cras para estes procedimentos. Mas, ele esclarece que o ente público não tem como obrigar os donos e nem realizar o recolhimento dos animais abandonados, apesar dos protocolos. No momento, um profissional está cedido para ajudar na limpeza da Associação Proteção de Animais de Arroio do Meio (Apaam), que está com superlotação e dificuldades em garantir suplementação somente com as doações. Os voluntários e até vereadores cobram uma lei de guarda de animais domésticos mais severa, semelhante às da Agricultura. Enquanto isso, quem quiser colaborar com a Apaam pode entrar em contato pelo 51 99315-0434 (Sabrina).