Os incômodos causados pelos mosquitos têm sido uma pauta constante nas conversas cotidianas em Arroio do Meio. Quando o assunto vem à tona são poucos os que dizem que não percebem sua incidência e muitos os que reclamam de picadas diurnas e noturnas.
Os agentes epidemiológicos da secretaria de Saúde, Rui Horst e Maria Helena Matte confirmam que neste ano há muitas queixas por parte da população e atribuem a maior proliferação de mosquitos às condições climáticas, com calor e chuvas regulares em janeiro e fevereiro, o que facilitou sua reprodução e desenvolvimento.
A atenção especial fica por conta do Aedes aegypti, transmissor da zika, chikungunya e da dengue, doença que tem mais de 300 casos confirmados na região e um óbito. Embora Arroio do Meio seja considerado município infestado pelo Aedes aegypti pelo Estado, não há casos confirmados da doença no município e nem de mosquitos contaminados. Até o momento, todas as larvas encaminhadas para análise foram identificadas como Aedes albopictus. Mesmo assim, o município tem feito ações de bloqueio e combate, com aplicação de inseticida em locais estratégicos.
Conforme Helena e Rui, a colaboração da comunidade, evitando a água parada, é fundamental para conter a proliferação dos mosquitos. Analisam que a coleta de lixo e entulhos, assim como a limpeza da cidade e a campanha de descarte ambientalmente correto somam aos cuidados e se tornam aliados para evitar o acúmulo de água. Em muitos locais são feitas visitas rotineiras para monitorar a água parada.
O que é a dengue
É uma doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico: enquanto a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, uma pequena parte progride para doença grave. É a doença viral transmitida por mosquito que se espalha mais rapidamente no mundo, sendo a mais importante arbovirose que afeta o ser humano, constituindo-se em sério problema de saúde pública no mundo.
Ocorre e dissemina-se especialmente nos países tropicais e subtropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti e Aedes albopictus.
Nos últimos 50 anos, a incidência aumentou 30 vezes com aumento da expansão geográfica para novos países e na presente década, para pequenas cidades e áreas rurais. É estimado que 50 milhões de infecções por dengue ocorram anualmente e que aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas vivam em países onde a dengue é endêmica.
Sintomas da dengue
• Febre alta repentina;
• Dor nos olhos e dor de cabeça;
• Dor nas juntas e nos músculos;
• Manchas avermelhadas pelo corpo;
• Falta de apetite e sensação de fraqueza;
• Em alguns casos, pode ocorrer sangramento de nariz e gengivas.
Importante: Em caso de suspeita de dengue, procure a unidade de saúde mais próxima e NÃO USE medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico
Dicas de prevenção
• Pratos de vasos de plantas devem ser preenchidos com areia;
• Cuidados especiais para as plantas que acumulam água como bromélias e espadas de São Jorge. A recomendação é que se coloque água somente na terra;
• Tampinhas, latinhas e embalagens plásticas devem ser jogadas no lixo e as recicláveis mantidas em ambiente que não acumule água;
• Latas, baldes, garrafas, potes e outros frascos devem ser guardados com a boca para baixo;
• Caixas d’água devem ser mantidas fechadas com tampas íntegras sem rachaduras ou cobertas com tela tipo mosquiteiro;
• Piscinas devem ser tratadas com cloro ou cobertas;
• Pneus devem ser furados ou guardados em locais cobertos;
• Lonas, aquários, bacias e brinquedos devem ficar longe da chuva;
• Bebedouros de animais devem ser limpos com escova;
• Ralos, canos, calhas, toldos e marquises devem ser mantidos desentupidos.
Reconheça o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue
• É menor que o mosquito comum;
• É escuro e
rajado de branco;
• Só pica as
pessoas durante o dia;
• A fêmea fixa seus ovos nas bordas de recipiente com água parada.