Há cerca de um ano, no Presídio Estadual de Arroio do Meio, a mão de obra prisional passou a ser utilizada para a produção de casinhas para animais em situação de rua. Até o momento, já foram confeccionadas mais de 300 unidades.
É um trabalho voluntário, realizado por cinco apenados que também cuidam da horta do presídio. A vantagem do apenado em participar desse projeto é adquirir experiência com marcenaria e garantir o seu direito à remição da pena. As casinhas são produzidas a partir de materiais arrecadados entre as comunidades de Arroio do Meio, Estrela e Lajeado, por meio do grupo de voluntários independentes, Proteção e Amor aos Animais.
A iniciativa partiu da psicóloga, Candice Kremer Tieze, por observar que essa ação estava sendo realizada em outras unidades do Estado. A ideia foi acolhida pelo diretor do Presídio, Rogério Tatsch. “Esta ação promove a inclusão social e garante mais aconchego e tratamento digno aos animais abandonados nas ruas. Em torno deles, uma rede de solidariedade se movimenta, promovendo atitudes do bem”, destacou Tatsch.
A delegada da 8ª DPR, Samantha Longo, falou da importância de projetos como este. “Além de auxiliar os recolhidos a desenvolverem habilidades manuais que poderão ser usadas posteriormente, é uma ação que também proporciona um retorno à sociedade, através da mão de obra prisional”.
Além da psicóloga e da administração da casa prisional, o projeto conta com a colaboração de protetores independentes. Durante o período de construção das casinhas, as de número 100, 200 e 300 foram feitas especialmente para marcar a realização do projeto. Quando a 200ª casinha foi produzida, também foi realizada uma rifa, que arrecadou dinheiro para a compra de materiais.