O ânimo criado um ano antes de períodos eleitorais em torno de projetos e realizações, muitas vezes, não passa de mera estratégia eleitoral para criar um clima positivo no ar. Geralmente são situações bem estudadas, articuladas e executadas. Não duvido que os R$ 1,5 bilhões de recursos próprios para investimentos estruturais no RS e parcerias com municípios viabilizem as obras aqui da ERS-482 e VRS-811. O RS fez acordos políticos e muitos ajustes para viabilizar isso, mas, tradicionalmente, mais da metade dos anúncios fica na teoria. Já o lance do pedágio é mais complexo. Por mais que não queiramos pagar tarifas necessitamos da duplicação e outras melhorias na ERS-130. Além disso, uma praça precisa ser rentável para quem assumir a encrenca.
PEDÁGIO + AUTOESTIMA – E se o pedágio vir para a Barra do Forqueta? Lá tem espaço sim. É só ir lá ver. Mais de uma pessoa ligada ao alto escalão do RS e ao mundo dos leilões me disse que o único local rentável para uma praça é lá. Em Encantado, Palmas ou São Caetano, vai dar prejuízo.
E se for a única saída para obras de duplicação em curto prazo? Do limão, um ‘suco detox’ sempre: vai aumentar o retorno de ISSQN de Arroio do Meio. Os consumidores vão comprar mais no comércio local. O fator Cristo traz mais gente do lado de lá para cá. Em segurança pública, auxiliaria o controle da circulação de facções. Só iriámos para o lado de lá do pedágio, pontualmente – quando tivermos lucro real ou destinos melhores – e, não tão à toa, como gostamos de fazer.
Se hoje, socialmente, tudo acontece em Lajeado… então, precisamos ser mais ‘egoístas’. Se o pessoal do lado de lá quiser ver gente bonita e interessante, que pague pedágio. Nós de Arroio do Meio não precisamos rastejar atrás de ninguém. Pelo contrário, vamos aproveitar esse ‘tempo’ a menos no trânsito da cidade “polo” para cuidar ainda mais da nossa saúde física e mental, rachar mais lenha e etc. Os outros que fiquem sedentários percam tempo e dinheiro vindo até nós.
Zoeira e deboches à parte, com rodovias duplicadas perderemos menos tempo no trânsito, além de mais economia na rodagem, manutenção, segurança. Muitas pessoas poderão realizar o sonho de trocar seus sedans ou SUVs, por modelos mais esportivos ou simplesmente “rebaixar” e ser feliz.
Quanto ao transporte de carga, já dizia em outubro de 2014, o renomado professor, escritor, jornalista, publicitário e executivo José Luiz Tejon Megido, em palestra promovida pela Vale Log em Arroio do Meio, que a única forma de melhorar a eficiência logística, que é um dos principais gargalos do custo Brasil, era com pedágios. Assim ocorreu em outros países do mundo.
E-COMMERCE X COMÉRCIO TRADICIONAL – Enquanto o Secretário do Desenvolvimento Econômico do RS, Edson Brum divulgava o Mobiliza-RS (página 07), ele olhou para fora da janela da sala de reuniões do AT e disse que mais de metade dos estabelecimentos comerciais da rua Dr. João Carlos Machado, correm risco de fechar em cinco anos, pontuando cases de sucesso e nova cultura de consumo na Capital. Não sei se é para tanto… ou estamos de fato fugindo da vida real para viver só dentro da matrix?
BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS – Está agendada para 6 de julho, às 18h, na Câmara de Vereadores de Arroio do Meio, a reunião de criação da Associação Municipal de Bombeiros Voluntários. Conforme o coordenador da Defesa Civil, são necessárias 10 pessoas para fundação da entidade.
NOVO ESTATUTO DA AMAM – Na sexta-feira passada, foi aprovado o novo estatuto da Associação de Menores de Arroio do Meio (Amam). De acordo com o presidente Israel de Borba, agora a votação para novas diretorias foi aberta a toda a comunidade. “Qualquer pessoa pode participar. Tornamos o processo mais democrático para o bem estar das crianças e da instituição”, explicou.