Na troca de gestões, além da oxigenação de equipes e protagonistas, os políticos gostam de trocar os slogans de programas institucionais. Como “Jogue Limpo com Arroio do Meio” por “Arroio do Meio tudo Limpo”. Afinal, apesar dos bons programas serem mantidos, sempre são incrementados e nada mais conveniente do que dar uma outra roupagem, até para não vincular novos propósitos a projetos anteriores.
Uma coisa que chamou a atenção nessa transição foi a intenção de uma ala do atual governo a querer rebatizar a Rua de Eventos de “Rua Coberta”, alegando que a extensão daquela quadra na rua General Daltro Filho era chamada assim antes do MDB assumir a prefeitura entre 2009 e 2020.
Só pra constar, o espaço foi idealizado na gestão de Danilo Bruxel e sua então vice, Lúcia Schmidt Horn, entre 2005/2008, após eventos comunitários em São Caetano e uma viagem de uma comitiva para Gramado. A verba para execução – em torno de R$ 500 mil – foi intermediada pelo senador Sérgio Zambiazzi do PTB. O nome Rua de Eventos foi criado e divulgado pelo próprio governo em novembro 2008 nos atos de inauguração (FOTO). Na gestão seguinte, Sidnei Eckert implantou arquibancadas e Klaus Werner Schnack reformou o telhado.
Mas é comum ocorreram lapsos de memória após rupturas de parcerias políticas, transições e novos tempos. Por isso que muitas pessoas chamam seus atuais companheiros (as) de relacionamento afetivo apenas de ‘docinho’ ou ‘mor’. Pra deixar claro: eu não me importo em chamar de Rua Coberta ou qualquer outro nome que for definido. Porém, muitas pessoas entendem que a mudança de nomes de locais físicos não é tão usual como de slogans institucionais.
JUSTIFICATIVA PARA AUSÊNCIA – Na sessão ordinária de quarta-feira, a vereadora Alessandra Brod (PP) declarou que esperava um agendamento mais inclusivo da mesa diretora, para a visita oficial à UTI do Hospital São José. “Eu, o Vanderlei Majolo e o Roque Haas trabalhamos aos sábados”.
CONTRAPONTO DE RECLAMAÇÃO – Um cidadão que mora rua Dom Pedro II desde 1964 e é conhecedor de obras públicas, avaliou que a reclamação de um empresário na edição passada na página 04, sobre a demora de obras da atual gestão, é infundada. “Não sou amigo do prefeito, nem do secretário de Obras, mas a terraplanagem e base estão sendo muito bem feitas. Ao que tudo indica, será um asfalto de qualidade. Muito diferente de obras feitas no último ano de mandato, em 2020, em poucos meses, que ficaram danificadas antes de 100% concluídas. As cito: Estrada do Passo do Corvo, entrada da ERS-482 e trevo do Posto Fórmula”.
Me faz lembrar de uma agenda em Porto Alegre na gestão Sidnei Eckert e Áurio Scherer, quando conversamos sobre projetos pessoais/profissionais um pouco mais complexos que dependem de mais fatores e pessoas comprometidas, e acabam atrasando, até porque nossa demanda individual é ‘mutante’ de acordo com cada momento da vida. Eckert disse que são exemplos simples de que não é só na função pública que ocorrem atrasos ou mudança de foco, mas que o delicado era lidar com cobranças como os frequentes protestos na ERS-482.
Recentemente o emedebista foi acusado injustamente de oportunismo por adversários e críticos, pela aproximação com o governador e secretários de estado. Se Eckert só não fez nada nos oito anos que esteve à frente da prefeitura, foi pela força do contrato da Beter S/A, que venceu em 2018. Inteligentes os políticos e cidadãos que pregam a união de forças e não a discórdia.