Sábado fiz mais um passeio pela terrinha. Acordei, olhei o tempo pela janela e pensei:
– Ficar dentro de casa em um dia lindo como hoje é um verdadeiro desperdício!
Peguei a BR-386 e me toquei para Arroio do Meio. O dia estava convidativo, emoldurado com muito sol, temperatura amena – que virou calor à tarde – e a estrada estava com pouco movimento.
Depois de almoçar no Clube Esportivo fiz a tradicional caminhada até o trevo de acesso, retornando até a Praça Flores da Cunha no lado oposto da calçada. Ao longo do trajeto entrei em várias lojas e fiquei impressionado com a quantidade de estabelecimentos comerciais da nossa cidade. O comércio, de verdade, é uma importante alavanca para gerar emprego e renda.
Para repor as energias (e as calorias), degustei um sorvete tamanho GG ao lado dos Correios, sentado em frente à sorveteria para observar o movimento. Em poucos minutos estava rodeado de velhos e bons amigos: Luiz Petry, Jaime “Minho” Johann, Cesér Brock, Elio Meneghini e, de passagem, Eduardo “Zêzi” Fuhr.
A luta pela vida do pequeno Teteo já
ultrapassou as fronteiras do RS e do Brasil
Estranhei a concentração da “gurizada medonha”, mas logo veio a explicação: todos estavam ali mobilizados pelo Matteo Jardim, o nosso Teteo, portador de AME. Ele é neto dos queridos amigos Jorginho e Sheila Schmitz e necessita de um caríssimo medicamento importado para superar a doença.
Um grupo de mulheres estava defronte à sorveteria onde organizavam a entrega, tipo drive thru, de kits com doces e salgados. A venda teve a renda revertida para nosso pequeno herói. Inúmeras entidades, pessoas simples da comunidade e diversas pessoas anônimas estão mobilizados há muito tempo para atingir a quantia necessária para a compra do remédio.
Na volta, enquanto dirigia e depois de comprar a infalível cuca de coco da Padaria Tudesca refleti sobre estas particularidades das comunidades do nosso interior. Senti um grande orgulho de meus conterrâneos.
A campanha em favor do Teteo há muito tempo ultrapassou as divisas do nosso município e as fronteiras do Rio Grande do Sul e do Brasil. O fenômeno desta mobilização ignorou o tradicional adágio de que “santo de casa não faz milagres”. Nossa comunidade tem sido pródiga no esforço para tornar realidade o sonho da cura que salvaria o pequeno Teteo e daria um bálsamo à família que luta pela vida dele desde o nascimento.
Obrigado, Arroio do Meio!