A diretoria e principais líderes do STR seguem sensibilizados em torno da necessidade de manutenção da mobilização sindical para demandas futuras, considerando novas conjunturas econômicas, políticas e sociais (página 07).
Vejo que a tarefa não é simples, ainda mais quando se considera a abrangência de sindicatos de outros segmentos. As pessoas, num todo, só se mobilizam por necessidade e/ou interesses. Na visão de alguns críticos, é delicado misturar causas sindicais com política, embora, seja quase impossível separar o idealismo por traz de bandeira partidária.
Porém, na fase pós-pandemia, o foco inicial da sociedade, antes de observar críticas a governos, outras instituições ‘viciadas’ e a tirania do mercado, vai ser curtir um pouco mais a vida. A economia brasileira está longe da beira do caos, e se o dólar baixar antes do período eleitoral, o trabalhador voltar a ter mais poder de consumo. Ainda existe a possibilidade de a população num todo ‘interpretar e compreender’ que a pandemia foi um evento atípico, e não uma jogada dos ‘grandes players’ do mercado e que a velha elite está muito organizada mundialmente para um novo momento de ‘pão e circo’ orquestrado pelos Apps.
MOBILIZAÇÕES DE DIREITA? – As recentes manifestações do prefeito Danilo José Bruxel diante da pouca participação de representantes políticas na discussão das concessões de pedágios e estatais; e do vereador Nelson Paulo Backes, de que o Executivo de Arroio do Meio está fazendo a sua parte e que a Câmara deve apoiar com sua força política; também evidenciam uma fraca participação popular. Evidentemente que são características das siglas que estão na maioria dos governos da atual conjuntura política. A base eleitoral da direita é mais focada na produtividade e em questões mais individuais, e tem uma dificuldade maior para causas sociais ou coletivas, o que é intensificado pela falta de ‘populismo’. O perigo do foco extremo – é que entre uma espairecida e outra – correm o risco de perder a preferência na solução de pautas populares, pela distância.
PONTE A LONGO PRAZO – O engenheiro da prefeitura de Arroio do Meio Aldir de Bonna explicou que o município apresentou três propostas de traçado para Colinas, mas apenas uma foi bem aceita pelo o município vizinho que também foi entendida como interessante para Arroio do Meio, considerando curadas de nível (altura) e o aproveitamento da rua Walmor Franke, que gerará eficiência logística. Contudo, o traçado exato só irá evoluir após tratativas orçamentárias e ajustes no novo plano diretor, que irá estabelecer localização exata da via. Possivelmente aproveitando estradas já existes, com ajustes considerando a curva de nível, evitando áreas inundáveis e Áreas de Preservação Permanente. “É uma obra para daqui a 20 ou 30 anos, como a UTI foi projetada no início da década passada”.
Alguns moradores não se disseram contrários a permuta de áreas, inclusive oferecendo ao município área para um loteamento social. A pauta foi defendida por Nelson Paulo Backes na sessão de 4 de agosto, porém, Backes tem a mesma visão de Aldir de Bonna quanto à urgência, e entende que o foco atual deve ser uma elevada sobre a ERS-130 no acesso à cidade. A falta de avanços pode gerar questionamentos em torno de promessas não cumpridas nas próximas eleições.