Hoje quero falar de ciclos; de troca de idade. Na vida, passamos por vários. E o bom é que cada fase nos traz aprendizados e um amadurecimento impressionante; quer dizer, para quem enxerga os ciclos e quer, de fato, tirar proveito. Porque, senão, eles passam sem percebermos.
Sábado, ou seja, amanhã dia 21, troco de idade. Fecho um ciclo importante e inicio um novo ano. Lia, no fim de semana passado, a coluna da Marta Medeiros, que também aniversariou no mês de agosto e ela, ao invés de ciclos, falava de aprimorar-se. É fato mesmo que com o passar da idade muitos de nós nos aprimoramos e vamos “levando a vida” de forma mais leve e entendendo o verdadeiro sentido da palavra liberdade.
Os anos avançam e vamos compreendendo o valor da vida e que temos finitude e os outros também têm. A pandemia e os tempos atuais também nos trouxeram a liberdade de expressar o que sentimos. A liberdade também de selecionarmos as pessoas que queremos que convivam conosco, assim como o que queremos assistir, ler, vestir. Entendemos, com o passar do tempo, que a idade é a gente que faz e, hoje aos 50, 60 anos, por exemplo, somos jovens ainda; o que há pouco tempo não era.
O que deve ser considerado numa troca de idade é a mudança interior que ocorre. Reflexões importantes: “Eu estou evoluindo, avançando…” E esse crescimento interior junto com a saúde é algo que deve ser valorizado com o aniversário.
Já gostava mais de celebrar o aniversário, agora já encaro como mais um momento de reflexão e agradecimento pela saúde e por ter a oportunidade de me tornar uma pessoa mais madura. Lembro-me que esse entendimento de o dia no nosso aniversário ser mais um dia, e ser discreto; vem com o passar dos anos. Quando pequena, tinha a nítida sensação de que o dia do aniversário era só meu, e que todos os holofotes estavam e deveriam ser para esse dia e, automaticamente, para mim. Ledo engano e a vida vai te mostrando que cada um faz a sua celebração e com a correria do dia a dia não temos como parar tudo quando alguém aniversaria. Atualmente mesmo, e já percebi isso no ano passado, as pessoas nem ligam mais, vai um WatssApp mesmo. Mensagens por Facebook são enviadas até por pessoas que nem conhecemos. Presentes, ah, esses mais raros ainda, até em função do custo de vida estar bem alto. Festas, agora ainda mais reduzidas em virtude dos protocolos e, assim, seguimos. Mas, o mais importante, a celebração interna de mudanças, novas oportunidades, amadurecimento e saúde.