Fazendo a interseção com as ruas Gustavo Wienandts, Dr. João Carlos Machado, Visconde do Rio Branco e Júlio de Castilhos, a rua São José possui 850 metros de extensão. O trecho subsequente, em direção à ERS-130 e aos bairros São José e Medianeira, passando em frente à Escola Comunitária de Educação Infantil Pequeno Mundo, é denominado como estrada dos Wünsch.
A rua possui algumas particularidades, parte do trecho partindo da ERS-130 até a rua Júlio de Castilhos é alagável e possui o trecho em chão batido. Uma ponte de madeira também está situada no local, comportando o peso máximo de cinco toneladas. A rua São José também é uma das saídas do Centro em direção à Gustavo Wienandts e utilizada por muitos motoristas como acesso secundário ao Centro, partindo da ERS-130 até a rua Júlio de Castilhos ou Dr. João Carlos Machado.
Atualmente, de acordo com o coordenador de Planejamento, Carlos Rafael Black, 98 edificações estão situadas na rua, entre casas, prédios comerciais e residenciais e instituições. Destes, 28 são CNPJs.
Entre os estabelecimentos comerciais estão empresas ligadas ao vestuário, embalagens, materiais esportivos, oficina automotiva, informática, moda, móveis e decoração e casa agropecuária, gastronômica e prestadores de serviços. Pelo quarteirão também é possível acessar a Secretaria Municipal de Educação.
Próximo à rua também há um espaço verde, revitalizado, ajardinado, que já recebeu programações e é muito utilizado como espaço de lazer pela população aos finais de tarde e fins de semana.
Tranquilidade
Edi Scheid, 82 anos, é uma das moradoras mais antigas da rua São José. A escolha pelo local no qual está há mais de 40 anos foi uma sugestão da mãe Rosita, que possuía terrenos na rua. A casa foi construída ao lado e permanece até hoje.
De acordo com ela, ao longo dos anos houve muitas mudanças na infraestrutura da rua. “Aqui todas estradas eram de chão batido, com valetas grandes para o escoamento da água. Hoje tem asfalto e calçadas. O número de famílias também aumentou, mas com a última enchente, muitos optaram em construir em áreas não alagáveis em outros bairros de Arroio do Meio”, explica.
Edi, ainda hoje, é conhecida por vizinhos e moradores pelo trabalho de costureira, porém não exerce mais a função há, pelo menos, 10 anos. As técnicas foram ensinadas pela avó, que possuía uma máquina. “Comecei a costurar com 15 anos de idade e, com o tempo, fiz alguns trabalhos. Sempre tive muito serviço, costurava calças de brim e outras peças”, recorda.
Na maior parte do período em casa, Edi passa tempo com o tricô, pois participa de um grupo solidário e campanhas que têm como objetivo a doação de casacos e mantas a crianças das Emeis. “Gosto de morar aqui, faço o que eu gosto. A rua é muito tranquila e nos oferece muita segurança, além de ter uma boa vizinhança.”
ENCHENTE
Alaide Heineck Berté, 57 anos, mora com a mãe Elci Heineck, 78 anos, na esquina com a rua Júlio de Castilhos. A família chegou em Arroio do Meio em 1977. “Meu pai adorava o local e a gente continuou aqui até hoje. Gostamos muito da nossa rua, pela tranquilidade, boa relação com vizinhos e a facilidade no acesso ao Centro”, destacam.
Uma das únicas reclamações da família é quanto as enchentes que atingem o local. No ano passado, as águas chegaram ao segundo andar e danificaram móveis e eletrodomésticos. Demais moradores também reclamam da poeira vinda da estrada dos Wünsch, que é um dos acessos muito usados para quem sai da ERS-130 ou que vem dos bairros Medianeira e São José.
Segundo Alaide, um dos avanços recentes foi o investimento na iluminação pública, que trouxe mais segurança às famílias. A moradora ainda espera que nos próximos anos seja concluído o asfaltamento e que se estude a possibilidade de alargar a ponte para facilitar o acesso aos veículos.
QUEM FOI SÃO JOSÉ
Considerado santo pela Igreja Católica e padroeiro dos trabalhadores, adorado em várias festas, São José, ou apenas José foi esposo de Maria e pai adotivo de Jesus Cristo. José foi carpinteiro. Sua profissão é mencionada em escrituras sagradas pelo Evangelho de Mateus. Seu filho Jesus Cristo, por um curto tempo também teria desempenhado a atividade antes de iniciar a vida pública.
José teria falecido no dia 26 de agosto do mês egípcio epip (um dos primeiros calendários da história) aos 111 anos de idade, com uma boa saúde. O pai de Jesus Cristo teria morrido após receber o comunicado de um anjo sobre sua morte. Foi ao templo de Jerusalém adorar a Deus e, no retorno, contraiu uma doença fatal.
Até hoje o dia de festa em adoração a São José é comemorado em 19 de março. A data é celebrada desde o século X.